depoimento de Jair Bolsonaro à Polícia Federal nesta quinta-feira (4) foi um tiro contra Sérgio Moro, ex-juiz condenado por parcialidade pelo Supremo Tribunal Federal que se tornou ministro da Justiça após inviabilizar a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2018.

No inquérito sobre a suposta interferência na Polícia Federal, Bolsonaro expôs a corrupção de Moro ao afirmar que seu ex-ministro da Justiça condicionou a nomeação de Alexandre Ramagem para a diretoria-geral da PF à indicação de Moro a uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Em resposta, Moro negou ter pedido vaga no STF e disse que não trocava “princípios por cargos”.

Depoimento de Bolsonaro ocorre em meio ao anúncio de filiação de Moro ao Podemos para uma possível candidatura a presidente nas eleições de 2022. Nas redes sociais, apoiadores de Bolsonaro e Moro trocam acusações de traição. A palavra traidor foi levantada por bolsonaristas para se referir a Moro e lavajatistas reagiram.

Moro deve se filiar ao Podemos no dia 10 de novembro. Numa eventual candidatura, ele terá que lidar com a sentença de juiz parcial, além de enfrentar questionamentos sobre o estrago econômico e social da Lava Jato e agora a acusação de corrupção por uma vaga no Supremo.

Fonte: Brasil 247