Por Redação – Foto Reprodução/Eduardo Graça

O ex-presidente Bolsonaro pode ser acusado de entrar nos EUA com dados falsos em cartão de vacina e crime e pode levar a 10 anos de prisão no país norte-americano.

De acordo com reportagem do Extra, falsificar certificados de vacinação contra a Covid-19 é um crime federal nos Estados Unidos. No final de dezembro de 2022 o ex-presidente Jair Bolsonaro viajou para o país e só retornou em março deste ano. A Polícia Federal realizou nesta quarta-feira, (3), uma operação na casa do ex-presidente, que está sendo acusado de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde.

De acordo com informações divulgadas no site da Embaixada dos EUA no Brasil, quem usar documentos fraudulentos para ingressar em solo americano “não receberá o benefício imigratório” e “poderá enfrentar multas ou prisão”. Incidentes deste tipo, diz a missão, são analisados pela Justiça segundo as leis americanas e brasileiras. A vacinação para entrar em solo americano é obrigatória até o dia 12 de maio deste ano.

Bolsonaro viajou pela última vez para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, seu penúltimo dia como presidente, e permaneceu no país por quase 90 dias.

Pessoas com imunidade diplomática, como era o caso de Bolsonaro quando ainda estava no poder, podem se enquadrar nas exceções previstas pelo CDC. Nestes casos, as regras preveem a possibilidade de testes virais de 3 a 5 dias ou autoisolamento. Bolsonaro, no entanto, pode ter cometido um crime mesmo enquadrado nas exceções se tiver mostrado seu certificado de vacinação.

Procurada pela reportagem do EXTRA, a Embaixada dos Estados Unidos ainda não se pronunciou.