Por Victor Razoni – Foto: Wander Roberto / COB

Os resultados conquistados pelo Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago são dignos de comemoração por diversas razões. Esta edição marcou a melhor performance na história brasileira, superando o desempenho em Lima-2019. Além disso, a jornada para essa conquista foi marcada pela estabelecimento de novos recordes e pela superação de algumas barreiras históricas.

As marcas alcançadas durante esses Jogos pareciam inatingíveis na primeira semana de competição. México e Canadá estavam à frente e ultrapassar essas nações parecia uma tarefa quase impossível. Até o nono dia dos Jogos, o Time Brasil ocupava apenas a quarta posição no quadro de medalhas.

O Brasil assegurou uma sólida segunda posição no quadro geral de medalhas, ficando somente atrás dos Estados Unidos. A conquista incluiu um total de 66 medalhas de ouro, 77 de prata e 66 de bronze, totalizando 205 pódios. Isso representa uma margem de 14 medalhas de ouro a mais em comparação com o México e uma diferença de 63 medalhas no total.

Confira os recordes e os tabus que a delegação brasileira quebrou nestes Jogos de Santiago:

Hugo Caldeirano Tênis de Mesa – O tenista de mesa alcançou o tricampeonato no torneio individual em Santiago, além de conquistar a medalha de ouro na competição por equipes. Ele se tornou o primeiro brasileiro a atingir essa marca, acumulando assim oito medalhas pan-americanas.

Boxe – O Time Brasil assegurou quatro medalhas de ouro através de Carol Naka, Jucielen Romeu, Bia Ferreira e Bárbara dos Santos, o que por si só seria o suficiente para consolidar a melhor campanha de sua história. No entanto, a equipe não parou por aí, conquistando um total de 12 medalhas, o maior número de pódios já obtidos em uma edição dos Jogos Pan-Americanos, com nove vagas olímpicas garantidas.

Beisebol – Não foi por acaso que o beisebol se destacou nos Jogos Pan-Americanos. O Brasil nunca havia alcançado uma posição entre os quatro primeiros, mas em Santiago essa história mudou. Ao vencer seleções tradicionais como Venezuela e Cuba, os brasileiros avançaram para a final e conquistaram a medalha de prata, após uma derrota para a Colômbia.

Flávia Saraiva – Com as cinco medalhas obtidas em Santiago, sendo quatro de prata e uma de bronze, a ginasta atingiu um total de dez medalhas, estabelecendo-se como a atleta feminina com o maior número de medalhas em Jogos Pan-Americanos. Ela igualou o recorde compartilhado pela ex-ginasta Daniele Hipólito e a nadadora Larissa Oliveira.

Ginástica Rítmica – De forma indiscutível, o Brasil demonstrou que está vivendo o seu auge na modalidade ao conquistar todas as oito provas. Além disso, foram obtidas quatro medalhas de prata e três de bronze nas provas individuais, com cada membro da equipe brasileira conquistando, no mínimo, uma medalha.

Tênis – Com 37 medalhas conquistadas no último Pan, o Brasil é um participante tradicional no evento, teve o seu segundo desempenho mais destacado na história dos Jogos Pan-Americanos, somando cinco pódios, sendo três de ouro, uma de prata e uma de bronze. Em São Paulo-1963, a delegação brasileira obteve seis medalhas, estabelecendo o recorde anterior.