Por Redação – Foto Divulgação/FAB
O Brasil e a Suécia pretendem ampliar a parceria no setor de defesa, fomentando oportunidades conjuntas de comercialização de seus produtos, especialmente na área aeroespacial. No último sábado (9), durante a Cruzex 2024, em Natal/RN, o Ministro da Defesa do Brasil, José Mucio Monteiro, e o Ministro da Defesa da Suécia, Pål Jonson, assinaram uma carta de intenções com o objetivo de fortalecer o apoio mútuo nas áreas de aquisição, capacitação e no intercâmbio de conhecimentos voltados aos projetos estratégicos do setor.
A parceria firmada prevê ainda o incremento de atividades conjuntas para cooperação científica e tecnológica, além de buscar a inovação e a competitividade da indústria de defesa dos dois países no cenário global. Com a iniciativa, Brasil e Suécia estabelecerão grupos de trabalho para viabilizar a implementação e o desenvolvimento de oportunidades relacionadas à operação de aeronaves de combate e de transporte.
A Bahia, o Brasil e o mundo a um click de distância. Siga nosso canal do WhatsApp.
Desde 2014, o Brasil e a Suécia possuem cooperação estratégica na produção conjunta de produtos de defesa, que envolve a aquisição de 36 caças Gripen, da empresa sueca Saab, para compor a frota da Força Aérea Brasileira (FAB). O contrato prevê ainda o treinamento de pilotos e mecânicos brasileiros, apoio logístico e transferência de tecnologia para a indústria nacional.
Recentemente, o governo dos Estados Unidos questionou a compra dos caças suecos pelo Brasil. Os aviões foram os vencedores de licitação transparente do governo brasileiro, em 2014. Uma das razões de o Brasil ter escolhido os caças suecos foi a concordância do fabricante em transferir tecnologia, para que o setor aéreo brasileiro se capacite a desenvolver aviões com o mesmo padrão, ou superiores. Os fabricantes estadunidenses e franceses que participaram da licitação, há 10 anos, não concordaram com a cláusula.
Cruzex 2024
Coordenado pela Força Aérea Brasileira, o maior exercício aéreo da América Latina, conta com a participação da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro, além de representantes de 16 países. Desde o dia 3, cerca de 3 mil militares brasileiros e das nações participantes simulam cenários de conflitos aéreos em operações combinadas, bem como de missões de guerra convencionais e de espaço. Ao todo, estão planejadas mais de 1.500 horas de voo. Nesta edição, a Cruzex traz, como novidade, a integração de operações cibernéticas com operações aéreas para testar e aperfeiçoar a segurança de sistemas críticos que dão suporte às operações aeroespaciais. O exercício também envolve missões de treinamento, como varredura, escolta e reabastecimento em voo.