Sergio Jones*
Tomando emprestado o título do filme de produção nacional “Não se preocupe, nada vai dar certo”, muito interessante, aconselho a todos que se possível assistam. A película ironiza com muito humor e deboche a esperteza e a falta de caráter que tão bem caracteriza e pauta as atitudes, em grande parte do povo brasileiro, mas que também contempla os políticos de plantão e por extensão os governos em todas as suas esferas, bem como os seus  próceres, sem deixar de fora outras instituições como o preclaro judiciário brasileiro, que atualmente comanda os destinos desta nação sofredora que, ao longo das páginas de sua história, tem sido vítima das mais sórdidas urdiduras e tramoias perpetradas por aqueles que se intitulam cinicamente como paladinos e detentores da verdade. Verdade esta que acredito ser deles,  não do povo brasileiro.
Chegamos ao ponto que contamos com um presidente golpista, detentor de um índice de aprovação em torno de 4%, que se dá ao desplante de ignorar os anseios da população e que de forma calhorda diz acreditar que o governo vai colocar em pauta e aprovar projetos lesivos aos interesses públicos. Como se pode entender este modelo de democracia que corrobora com este tipo de realidade. Até onde se sabe e se promulgam é que democracia é o governo da maioria. Seria este o conceito de maioria entendida pelas classes políticas reacionárias que regem o país?
De forma insolente e falsa o Temer diz que vai colocar em pauta e aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional. Este governo desacreditado, respondendo por inúmeras denúncias de corrupção argumenta: “Eu tenho absoluta convicção de que se (uma segunda denuncia) vier, será de uma absoluta singeleza”. O que significa dizer que será excessivamente simples.
Este governo desleal e antipopular se encontra na China desde quinta-feira (31), cumprindo uma agenda que envolve encontros com empresários, investidores, presidente Jinping e a participação na 9º Cúpula do BRICS (grupo composto pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Nada contra as viagens empreendidas por esta corja de marginais, sem referendo popular e travestidos de autoridades e porta-vozes do cidadão brasileiro. Embusteiros que se apropriaram do governo através de execráveis manobras políticas típicas das praticadas pelas mais vis das gangues que já existiram, e habitam nas sarjetas escuras do submundo. A nossa única queixa é que estes “senhores” bem que poderiam ficar onde estão. O que nos incomoda é o retorno dos mesmos.
*Sérgio Jones é jornalista