Por Sandra Mercês – Foto Reprodução

 

Nesta quinta-feira (23), trabalhadores de transporte por aplicativos fizeram uma mobilização na Câmara Municipal Camaçari, por conta dos requisitos abordados no Projeto de Lei que objetiva regulamentar os trabalhadores da categoria. Com isso, o presidente da Câmara de vereadores, Flávio Matos, retirou a proposta de pauta.

De acordo com os trabalhadores o projeto fica inviável: “exige que os carros usados pelos trabalhadores sejam só da Bahia”, desconsiderando o fato que grande parte dos motoristas alugam veículos em empresas que tem sua frota de fora do Estado.

Segundo o presidente, Flávio, diálogos serão buscados com os segmentos e existe a possibilidade de abrir uma audiência pública para o retorno do projeto. “Ouvimos as categorias, decidimos retirar o projeto de pauta, que retorne para a STT e que os líderes do movimentos construam os projetos juntos. A ideia é construir um projeto que ampare e que garanta o direito do trabalhador, até porque a gente está vivendo em um estado desempregado”, disse o vereador.

“A Bahia é campeã, infelizmente, no índice de desemprego e as pessoas têm que criar alternativas para sobreviver e a Uber, 99 pop, Moto uber e Moto táxi, essas categorias, elas foram criadas e usadas como alternativas para sustentar as famílias”, concluiu Flávio.

De acordo com um dos artigos do projeto, os trabalhadores terão que pagar um “seguro de acidentes pessoais com cobertura de, no mínimo, R$50.000,00 (cinquenta mil reais) por passageiro, corrigidos anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, de acordo com a capacidade do veículo;”.

Em momento de desabafo, um dos trabalhadores também questionou o valor do apólice seguro por pessoa que a categoria terá que pagar.