Por Redação – Foto Divulgação

O trabalho realizado Kaiaulu Va’a possibilita atividade para crianças, adultos, idosos, PCD’s e sobreviventes do câncer de mama.

Com o intuito de promover o esporte e a acessibilidade através do remo, o clube de canoa havaiana Kaiaulu Va’a, com sede na Praia da Preguiça, Comércio de Salvador, se prepara para inclusão de pessoas surdas.

Atualmente com mais de 200 alunos entre crianças, jovens, adultos, idosos, sobreviventes do câncer de mama, PCD´s (deficiente visual e amputados), o clube conta com 10 colaboradores é composto por diversos projetos, dentre eles o ‘Remo sem Fronteiras’ que tem parceria com a Associação de Remo Salvador e busca efetivar os direitos humanos, estimulando a participação e democratização no esporte para pessoas portadoras de deficiência físico-motoras e visual. O projeto Kaiaulu Va’a já atendeu mais de 5 mil pessoas.

A fundadora do projeto, Lorena Lago, explica que o Clube de Canoa busca inclusão social garantidos na Constituição Brasileira.

“Todos ganham e são beneficiados com a troca de aprendizado, a empresa passa a ter uma responsabilidade social, um dever com a coletividade, e trabalhar a inclusão é uma maneira de cumprir esse dever. Integrar as pessoas com deficiência é possibilitar que esse grupo tenha acesso aos direitos que são garantidos pela Constituição”, conta Lorena Lago, fundadora da Kaiaulu Va’a.

Lorena é advogada, pós graduada em Direito Lato Sensu pela Escola de Magistrados da Bahia (EMAB) e empresária.

O Clube Kaiaulu Va’a recebeu a visita do secretário da Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), Junior Magalhães, que foi conhecer de perto o projeto dedicado à acessibilidade e inclusão através do remo, e discutir as iniciativas nas políticas públicas para promover o esporte na capital baiana.

“É importante que a sociedade discuta esse tema, para que seja cada vez mais inclusiva e possa compreender e construir espaços sociais para pessoas com deficiência ocuparem. As pessoas com deficiência têm um canal diferente de ver o mundo, mas tão importante e singular que só contribui para a valorização da diversidade humana”, ressalta Lorena.

O clube de canoa havaiana Kaiaulu Va’a, fica na Praia da Preguiça, Comércio de Salvador – Foto Divulgação

O clube se prepara agora para também atender aos surdos, e está realizando a capacitação da equipe para a linguagem em Libras, proporcionando uma maior inclusão. “Estamos propiciando a aprendizagem da Libras a equipe, levando-os a conhecer seus aspectos linguísticos, possibilitando assim uma formação didática inclusiva capacitando-os para o mercado de trabalho, permitindo aos monitores e alunos estabelecerem uma comunicação básica por meio da língua de sinais com surdos. Teremos também acompanhamento de intérprete durante as aulas, para intermediar comunicação e promover acessibilidade entre surdos e ouvintes e entre ouvintes e surdos.”

A fundadora acrescenta que o objetivo é capacitar e agregar cada vez mais pessoas. “Queremos capacitar cada vez mais pessoas e despertar o interesse de todos para aprenderem a língua de sinais. Temos muitos projetos e objetivos para expandir a acessibilidade do esporte para todos que tiverem interesse em praticar, utilizando o esporte como uma ferramenta de transformação social, formação cidadã e capacitação profissional”, finaliza.

O nome Kaiaulu Va´a significa ‘Comunidade da Canoa’, e remete a interação que serve como espírito do esporte.