Por Confraria do NB – Foto Reprodução/Antônio Queiroz/CMS

Carnaval eleitoral, olha o caos

Dizem pelos dados apresentados que o Carnaval de Salvador foi um sucesso. Levando em consideração a superlotação do sábado no circuito Barra/Ondina e a terça-feira no Pelourinho com BaianaSystem e Baco Exu do Blus, ok. Eis que surgem os donos da festa para tirarem proveitos desse “sucesso”. Pelo circuito Dodô leva o prêmio o prefeito de Salvador, Bruno Reis (UB). Pelo Centro Histórico, a vitória pertence ao governo do Estado que tem duas figuras dividindo o pódio. O pré-candidato a prefeito de Salvador, Geraldo Júnior (MDB) que coordenou o carnaval da Bahia e o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, que vira e mexe é alvo de aporrinhações e descontentamentos por parte do movimento cultural. A Confraria acha que é mais fogo amigo de dentro da própria esquerda do que insatisfação do setor de fato. Uma coisa é certa, neste ano eleitoral, é hora (já passou da hora) do prefeito ou postulantes ao cargo, apresentarem uma nova proposta para o Carnaval de Salvador. Não é todo artista tipo Baco Exu que tem a sensibilidade de ameaçar parar a festa caso não controlem o engarrafamento humano nas praças festivas da maior festa de rua do planeta. Não esperem o pior acontecer.

Par ou Ímpar = Passarela dos Ambulantes

Como dizia o prefeito Bruno Reis (UB), Salvador foi a cidade mais falada do Brasil ou até, do mundo, nesses dias que milhões de pessoas transitaram pelos circuitos do carnaval da capital. Se juntar os circuitos Dodô (Barra/Ondima) com o circuito Osmar (Campo Grande) teremos algo próximo de 10 km que disputou espaço com muita força no noticiário com um equipamento que teve míseros 5,40 metros de largura que é a passarela dos Ambulantes. O prefeito e sua equipe disseram em coletiva que foi um sucesso. Geraldo Júnior disse, segundo ele em nome dos ambulantes, que o equipamento foi desagradável para os vendedores. Até quando o povo pobre será tratado no par ou ímpar político? Na cabeça dos gestores pedir ajuda é assinar atestado de incapacidade. Mas nos discursos as necessidades do povo falam mais alto e todos estão aí para governar com o apoio um do outro não importando qual partido pertençam.

Bloco da NeoSemEnergia Coelba

Foto Pixabay

Herói da verdade por favor

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, relatou numa coletiva de imprensa que a Embasa não abasteceu devidamente com água, os camarotes do circuito do Carnaval de Salvador e os banheiros químicos que estavam à disposição do folião. Já a Embasa disse que através de um balanço divulgado à imprensa que sua operação de no carnaval foi bem sucedida atendendo as 170 instalações provisórias montadas nos circuitos como, pontos de hidratação, camarotes, banheiros, postos de saúde e de órgãos públicos. E agora? Quem poderá nos salvar com a verdade?

Principe Kannário sem reinado

O cantor Igor Kannário mais uma vez deu o que falar no Carnaval de Salvador. Na sua passagem pelo Campo Grande disparou sua metralhadora verbal contra a prefeitura de Salvador e mais uma vez contra a Polícia Militar da Bahia. E por fim disse que não irá cantar novamente no Carnaval de Salvador. Em seguida Kannário foi tocar na Barra dos Coqueiros em Sergipe e foi vaiado, xingado e agredido pela população que se revoltou com sua apresentação. Kannário surgiu dando voz à favela, mas se perdeu no meio do caminho político, lá em Brasília atuando e votando justamente contra a favela. Contra pautas sociais! No Carnaval, Kannário canta contra o patrão, mas em Brasília vota com. Ainda assim, o “príncipe da Favela” arrasta uma multidão na sua pipoca e faz a galera levantar poeira até debaixo de chuva. Um fenômeno de fato. Oh passarinho, ainda dá tempo de recuperar sua coroa e representar a favela de fato dentro daquilo que ela precisa. Quem sofreu com suas péssimas escolhas como deputado foram os trabalhadores da periferia. São os moradores dessas periferias que também sofrem com a violência policial do ódio que você cultiva na instituição. O povão, preto na sua maioria, anda de pé e no máximo buzão. A PM não vai te pegar em seu carro importado e te linchar porque sabe que é mídia negativa e o alto comando não quer essa exposição. Mas o povão toma tapa o tempo todo e não tem vídeo denunciando na internet que resolva. Pega a visão que ainda dá tempo de representar de verdade o povão.

Eleição anual já

Tem escolas da rede municipal de ensino com ar-condicionados instalados em meados de julho de 2023 mas que terminaram o ano sem estarem funcionando. Motivo: a instalação elétrica das unidades não comportavam a carga dos equipamentos. E num é que já no início das atividades escolares de 2024 as máquinas já estão operando em alta. Se a secretaria Municipal de Educação alegar a questão da rede elétrica defasada, iremos retrucar perguntando o porquê não resolveu essa questão antes de instalar os equipamentos? Mas o que professoras e professores andam comentando com esta Confraria é que tudo se deve ao ano eleitoral. Então, como tudo acontece em ano de eleição para que, quem tem a máquina na mão fique bem na fita, desejamos que tenhamos eleição todos os anos. Assim nossos problemas serão resolvidos com mais velocidade. Pois dentro das fornalhas que são essas salas de aulas com ventiladores que só fazem barulho, não dá pra cobrar qualidade no ensino dos professores e no aprendizado dos estudantes. O cérebro frita.

Eleição anual já, parte II

Andam dizendo lá pela terra da Princesa do Sertão que o prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins da Silva (MDB), anunciou que vai pagar os 4% de reajuste do piso nacional dos professores. Se o anúncio foi feito, tenham certeza leitores desta Confraria, é mais uma mágica de quem tem a máquina na mão no “fantástico” ano eleitoral. E por falar em educação de Feira de Santana, Anaci Paim já explicou porque os custos da merenda escolar saltou de quase R$ 16 milhões em 2023 para quase R$ 84 milhões de reais em 2024? O pagamento eleitoral do prefeito a gente até entende. Mas esse “pagamento”? Ó paí ó!