O Ministério das Relações Exteriores da China registrou sua preocupação com a interferência de Washington e Seul nos assuntos internos de Pequim, depois que os dois países emitiram uma declaração sobre paz e estabilidade em Taiwan.

Durante uma coletiva de imprensa na segunda-feira (24), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, reiterou o status de Taiwan como parte da China e pediu a outras nações que não interferissem nos assuntos internos de Pequim.

“Não posso tolerar interferência externa. A questão de Taiwan corresponde puramente a assuntos internos chineses […], a interferência de forças externas é inaceitável”, afirmou Zhao, acrescentando que “os países envolvidos devem ser cuidadosos em suas palavras e ações na questão de Taiwan e não devem brincar com fogo”.

Zhao anunciou que a ordem internacional não pode ser determinada por um pequeno número de países e que se opõe ao estabelecimento de alianças ocidentais contra algumas nações.

Os comentários do porta-voz foram dados após uma declaração conjunta do presidente dos EUA, Joe Biden, e do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, após uma cúpula em 21 de maio. Em uma declaração conjunta, os dois países enfatizaram a necessidade de paz e estabilidade em Taiwan e nas vias navegáveis vizinhas.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, faz seu discurso durante uma entrevista coletiva na Casa Azul em Seul, Coreia do Sul, em 10 de maio de 2021
© REUTERS / AGÊNCIA YONHAP O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, faz seu discurso durante uma entrevista coletiva na Casa Azul em Seul, Coreia do Sul, em 10 de maio de 2021

A declaração também abordou questões relacionadas ao mar do Sul da China, do qual Pequim reivindica quase toda área e prega respeito pelo direito internacional, incluindo liberdade de navegação e aviação. Pequim, no entanto, se opõe aos navios de guerra dos EUA navegando no estreito de Taiwan e segue sua posição de que o território faz parte da China.

Fonte: Sputnik Brasil