A chancelaria da China afirmou que o bloqueio norte-americano dificulta as tentativas de Cuba para melhorar sua economia e o nível de vida do povo cubano, apelando para que cancelem as sanções “imediata e completamente”.

Na quarta-feira (4), a China expressou sua oposição firme a qualquer tentativa dos EUA de impor sanções unilaterais de modo arbitrário e interferir nos assuntos internos de outros países com o pretexto de uma alegada defesa da “liberdade”, “direitos humanos” e “democracia”.

“Instamos os Estados Unidos para prestarem atenção ao apelo universal da comunidade internacional e cancelarem imediata e completamente as sanções e embargo contra Cuba”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês.

Pequim considera que as recentes sanções contra instituições e funcionários cubanos “violam severamente as normas básicas que regem as relações internacionais” e deixam evidente “o estilo norte-americano típico de duplo padrão e assédio”.

A chancelaria chinesa afirmou que o bloqueio dos EUA dificulta as tentativas cubanas para melhorar sua economia e o nível de vida do povo de Cuba. O ministério destacou que a forma correta de agir é oferecer apoio.

Nesse sentido, o ministério deu um exemplo de como a China e “muitos países amigos” forneceram ajuda para combater a pandemia da COVID-19, promover o desenvolvimento econômico na ilha e manter a estabilidade social.

Sanções contra Cuba

Em 30 de julho, os Estados Unidos impuseram novas sanções a Cuba, sendo os principais alvos a Polícia Nacional Revolucionária e dois de seus líderes, em resposta às ações do governo de Havana sobre os manifestantes.

Em resposta a esta decisão, o ministro das Relações Exteriores cubano, Bruno Rodríguez, indicou que “essas medidas arbitrárias se juntam à desinformação e agressão para justificar o bloqueio desumano contra Cuba”.

Os protestos ocorridos em 11 de julho representam a maior manifestação contra o governo de Havana em décadas. Até o momento, ainda não está claro quantas pessoas foram detidas.

Fonte: Sputnik Brasil