Devido a mutações no gene OAS1, uma parte da população é menos submetida à infecção pelo coronavírus ou está totalmente protegida contra a doença, revela um novo estudo.

Um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas de Vírus da Universidade MRC de Glasgow (Reino Unido) descobriu que o segredo deste processo consiste em prenilação, ou seja, o processo quando uma molécula hidrófoba se adiciona a uma proteína.

Tal modificação permite ao gene AOS1 “procurar” o vírus invasor e “soar o alarme”, conforme o estudo publicado na revista Science.

Além disso, os cientistas descobriram que os pacientes com forma “má” do OAS1 têm COVID-19 grave mais frequentemente e têm uma possibilidade de falecer 1,6 vez mais alta do que as pessoas com gene prenilado.

Os pesquisadores afirmam que há cerca de 55 milhões de anos os morcegos-de-ferradura, uma fonte possível do SARS-CoV-2, perderam este gene protetor, então o vírus não teve de se adaptar para evitar contornar essa defesa.

No entanto, os pesquisadores acreditam que as novas mutações do SARS-CoV-2 podem aprender como evitar a proteção deste gene. Seu estudo mostrou que o coronavírus que causou o surto de SARS de 2002 a 2004 aprendeu a evadir o OAS1 prenilado.

Fonte: Sputnik Brasil