Artistas, atletas, professores, sócios e a comunidade do bairro de Stella Maris estão aderindo à campanha “Abrace o CEPE Stella Maris”, lançada pelo Clube dos Empregados da Petrobras diante da ameaça de fechamento do espaço. Todos os artistas que fazem parte do calendário de eventos do clube já aderiram à campanha, entre eles o cantor e compositor baiano Nelson Rufino, que defende a permanência do equipamento, importante espaço de cultura e de lazer. “Um palco para a música que abraça, sem distinção, os nossos artistas. Não podemos deixar que isso aconteça”, diz o cantor.

A diretoria do clube recebeu uma notificação da direção da Petrobras para desocupação da área no prazo de quatro meses. O equipamento, que ocupa a área desde 1987, já faz parte da história do bairro e é referência em esporte, lazer e entretenimento para as famílias dos empregados da Petrobras, moradores locais e de toda capital baiana.

Quem também está na luta pela permanência do CEPE Stella Maris é o deputado estadual Rosemberg Pinto. Para ele, “é um absurdo a Petrobras querer se apossar do CEPE. Ele foi construído com dinheiro dos associados e o terreno foi colocado no nome da empresa porque a associação estava se constituindo e tinha dificuldade de registrá-lo. Não há o que se falar em desocupar a área. Iremos trabalhar junto à prefeitura e ao IPAC para que possamos tombar o equipamento. Temos argumentos necessários para transformá-lo em um patrimônio com valor histórico para Salvador e para a Bahia. O CEPE é dos trabalhadores”, argumenta o deputado.

A campanha foi uma das ações definidas em assembleia realizada pela diretoria no dia 30/10 e deve culminar com um grande abraço ao clube como forma de lutar contra a ação da Petrobras e chamar a atenção da sociedade para a ameaça de fechamento do espaço. Também foi definida em assembleia a contratação de um escritório de advocacia para adotar as medidas judiciais contra a empresa.

Para o presidente do Cepe Stella Maris, Dejair Santana, a luta não será das mais fáceis. “Vamos brigar para assegurar o direito dos nossos associados e garantir a permanência do nosso clube, que faz parte não só da história do bairro como também de Salvador. Além de ser um importante equipamento de lazer e entretenimento para os soteropolitanos, um dos maiores clubes do Norte-Nordeste, que conseguiu sobreviver à pandemia, há um sério trabalho de responsabilidade social e ambiental do qual não abrimos mão”, defendeu.