De acordo com a publicação, o presidente pretende associar o cineasta homenageado ao regime militar, por causa de um encontro de Glauber com o ex-presidente João Figueiredo, em 1981, na cidade de Sintra, em Portugal, e também por causa dos elogios que fez a Golberty de Couto e Silva, um dos mentores do golpe de 64.
Glauber se referiu a Golberty como um gênio, em uma entrevista de 1974: “O mais alto pensar da raça ao lado do professor Darcy (Ribeiro)”.
Segundo Orlando Brito, que fotografou o encontro entre Glauber e Figueiredo, os dois se encontraram por acaso.
O fotógrafo afirmou que foi “um encontro absolutamente casual. Glauber ia a Sintra com frequência. Foi muito rápido. Se cumprimentaram e acabou. Sem qualquer sentido de adesão ao governo”.
Glauber Rocha foi um opositor ao regime militar. Ele nasceu em 1939 em Vitória da Conquista. Em 1971, chegou a ir para o exílio por causa da ditadura.
O governador Rui Costa já disse que não comparecerá à inauguração do aeroporto que homenageia o cineasta.
da Redação NB/foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil