Por Redação – Foto Pixabay

Em 2024, o Disque 100 registrou mais de 657,2 mil denúncias de violações aos direitos humanos, um aumento de 22,6% em relação a 2023, quando o serviço do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania foi acionado 536,1 mil vezes. O número de violações relatadas também subiu, passando de 3,4 milhões para 4,3 milhões, já que uma única denúncia pode envolver múltiplas infrações.

As violações mais frequentes incluem negligência, com 464,3 mil ocorrências, tortura psicológica (389,3 mil) e exposição da integridade física a riscos à saúde (368,7 mil). A maioria das vítimas é composta por mulheres (372,3 mil), pessoas brancas (261,6 mil), e a faixa etária mais afetada foi a de 70 a 74 anos (32,5 mil). A residência da vítima ou do suspeito foi o cenário mais comum das violações (301,4 mil). Crianças, adolescentes (289,4 mil), idosos (179,6 mil) e mulheres (111,6 mil) formam os grupos mais vulneráveis.

Curiosamente, o total de vítimas femininas diminuiu 2,9% em comparação a 2023, mas as mulheres passaram a ser a maioria entre os agressores (283,1 mil), marcando um crescimento de 28,8%. A maioria dos suspeitos são brancos (172,9 mil) e têm entre 30 e 34 anos (65,8 mil). Parentes próximos, como mães (160,8 mil), filhos ou filhas (108,8 mil) e pais (49,2 mil), são os principais agressores.

São Paulo lidera as denúncias com 174,6 mil registros, seguido por Rio de Janeiro (83,1 mil) e Minas Gerais (72,8 mil). Esses estados também registram o maior número de violações de direitos humanos, com São Paulo acumulando 1,17 milhão de casos, Rio de Janeiro 562,1 mil e Minas Gerais 490,6 mil.

Como denunciar

O Disque Direitos Humanos – Disque 100 – é uma linha de utilidade pública que permite relatar violações de direitos humanos. Além de chamadas gratuitas, denúncias podem ser enviadas via WhatsApp pelo número (61) 99611-0100 ou pelo Telegram (buscando “direitoshumanosbrasil”). Pessoas com deficiência auditiva têm acesso a videochamadas em Libras pelo site: atendelibras.mdh.gov.br/acesso.

As denúncias são encaminhadas para órgãos competentes, como conselhos estaduais, Centros de Referência Especializados de Assistência Social, delegacias e o Ministério Público, para apuração e providências.