A crise energética na China levou ao déficit de produtos chineses no mercado internacional. Cortes de energia ocorrem em todo o país, tanto em fábricas, como em áreas residenciais. As pessoas reclamam e Pequim tem medo de distúrbios sociais, segundo mídia.

Desde o início da pandemia, vários bens produzidos na China se tornaram escassos, tais como chips e têxteis. Após um primeiro aumento de transações comerciais na primavera (no Hemisfério Norte) deste ano, elas caíram há várias semanas.

A China voltou a fechar vários portos devido a surtos do vírus. Muitas fábricas tentam agora compensar o déficit para alcançar as metas anuais, informou a Rádio e Televisão Suíça (SRF, na sigla em alemão).

A China precisou de mais energia do que aquela que as usinas elétricas podem fornecer. Ao mesmo tempo, os preços de carvão atingiram um pico histórico. Como resultado, ocorreram cortes de energia em todo o país.

Em áreas residenciais os elevadores estão parados e os semáforos não funcionam. Redistribuindo a eletricidade, as autoridades locais tentam evitar congestionamentos da rede, conforme a mídia.

Ao mesmo tempo, a crise energética está também ligada aos objetivos climáticos da China. Várias autoridades locais estão preocupadas que por causa do aumento de consumo de energia elas não consigam cumprir seus critérios climáticos, afirmou a jornalista Claudia Stahel.

“O governo chinês está com um grande dilema: por um lado, ele quer cumprir rigorosamente seus objetivos climáticos ambiciosos, por outro lado, [ele quer] evitar distúrbios sociais. Se nos próximos meses de inverno aumentar a necessidade de energia e calor, a situação apenas se intensificará”, segundo Stahel.

Empresas internacionais, tais como Tesla e Apple, também foram afetadas pela crise energética. Elas tiveram que fechar temporariamente suas fábricas na China, segundo a mídia.

Fonte: Sputnik Brasil