Por Confraria do NB – Foto Daniel Ferreira/Metrópoles
Custa caro para um povo pobre e faminto
Nesta semana o senador Jorge Kajuru esbravejou o seguinte: “que saco que vai ser aqui na semana que vem? Porque aqui a gente quase não trabalha: é recesso parlamentar, é eleição, é segundo turno, segunda ninguém vem, sexta ninguém vem. Então, o que é que vai ter? Me desculpem o desabafo. O que é que vai ter aqui na semana que vem, que nós não vamos poder ter CPI?”, questionou o senador cobrando mais trabalho do Congresso. Bom, com ou sem eleição é assim durante todo o ano. Mas não apenas no Congresso. É assim nas Casas legislativas estaduais e municipais. É assim no judiciário e também é assim na maioria das gestões executivas das pequenas cidades do interior onde o plantão vai até às 14h ou 15h. O Brasil é um país com altos índices de pobreza. Problemas estruturais seríssimos. Políticos e judiciários se lambuzam com grandes recebimentos e diversas regalias custeadas pelo dinheiro público. Se olhar o tanto de dinheiro que se gasta para custear a política e o judiciário brasileiro e comparar com os resultados sociais que temos desde 88 com a redemocratização do país, Kajuru tem razão. Mas não esqueça, Kajuru também é político.
Vergonha alheia
O vereador de Salvador Kiki Bispo (UB), é uma figura simpática. Mas que ele tem a criatividade de ser sem noção em algumas postagens nas redes sociais, isso tem. Entre dancinhas sem graça e uma doida mistura de heróis, Kiki surgiu nesta semana com uma referência ao prêmio de melhor do mundo do futebol, se autoproclamando a bola de ouro. Faltou muita sensibilidade com a polêmica em torno da questão envolvendo a derrota do craque brasileiro Vinícius Júnior. Ou então ele realmente não se importa com questões sociais discutidas no esporte? Se um dia tiver o prêmio mico do ano nas redes sociais, com certeza Kiki estará caminhando como um forte candidato ao prêmio maior.
O problema não é o reajuste do IPTU
Vem aí em 2025 mais um reajuste do IPTU de Salvador. Já é uma pauta muito questionada pela oposição por conta dos valores cobrados em alguns bairros. A prefeitura que não quer ouvir a oposição e ainda tem a maioria na Câmara para abençoar e bater o martelo em seu favor, precisa dos impostos para realizar entregas. É aí que está o problema. A qualidade das entregas ou em muitos casos, a ausência delas. Mas isso não é um privilégio de Salvador. A doença da péssima entrega ou ausência dela é tipo uma epidemia no Brasil.
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ACM e Elmar nada haver
E no disse me disse da política baiana o nome de ACM Neto surge como fator principal para derrota de Elmar Nascimento como candidato de Lira para presidência da Câmara. Uma fonte amiga da redação do NB disse “amigo, quem é ACM junto a Lira para ter esse poder? Não tem essa história entre Elmar e ACM. O que tem é que Elmar tem dom pra tomar rasteira da presidência da Câmara”.
Vingança II?
Em Camaçari o prefeito Elinaldo, que foi derrotado, magoado com seu eleitorado, anda canetando exonerações a torto e a direita. Bom, seria arrumação das contas públicas? Não! Se estivesse preocupado com isso não teria inchado a máquina. Vingança? Pesquisa interna desta Confraria diz que 95% dos entrevistados afirmam que sim, é vingança. Perdeu na política, acabou o amor. Do jeito que vai já nos perguntamos o que a turma de Elinaldo vai deixar de bens materiais para Caetano assumir? Já teve história no interiorzão de que nem cadeiras e mesas deixaram para o sucessor.
Vingança II?
Outra derrotada que anda tocando o terror na sociedade é a prefeita de Santo Amaro, Alessandra Gomes (PSD), que demitiu todos os funcionários da Santa Casa da Misericórdia do distrito de Oliveira dos Campinhos, deixando a população da comunidade totalmente sem atenção à saúde. E quem fez a denúncia deste comportamento desumano da prefeita Alessandra foi o vereador Antônio Marques, do mesmo partido da gestora. Só falta agora o prefeito eleito, Flaviano (União Brasil), chegar para trabalhar no dia 01 de janeiro e não achar nem o prédio da prefeitura.
Dinheiro limpo?
A política no Brasil ainda vive no tempo do coronelismo. Não estamos generalizando. Mas é um cenário em sua grande maioria das cidades do Brasil. “A compra de votos se tornou um câncer na eleição. Todos fazem. O lado que ganha e o lado que perde. É muita grana, muita grana. Aquele dinheiro que é preso é uma minúscula parcela do que é jorrado para comprar votos”, disse um figurão da política baiana. No Evangelho de Lucas, Jesus disse que é mais difícil para os ricos entrarem no reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Por isso eles jogam dinheiro fora, minha gente. E você aí lendo e pensando maldade. Que coisa feia.
A política perdeu mas o amor venceu
E por falar em amor, lá no extremo oeste da Bahia onde o sol é de rachar, uma pequena cidade que leva o nome de um turístico bairro de Salvador, o prefeito perdeu a eleição mesmo tendo, segundo pessoas próximas, feito uma revolução asfáltica e iluminado a cidade toda. Teve outras entregas mas, enfim. O prefeito derrotado já com certa idade casou com uma moça na casa dos 30 anos. Pronto, o prefeito achou que a gestão era só dentro de casa. Não saia para nada. Só em casa ajudando a esposa com os filhos. Fez o que toda mulher deseja. Que os homens façam sua parte em casa. Mas o velhinho era prefeito e esqueceu dos afazeres da gestão pública e foi derrotado por um candidato do PT. Perdeu na política mas venceu no amor.