zédejesusbarreto*

 

   Pra começo de conversa …  

As coisas nunca são o que são ou foram.

Ficam as aparências, os registros que fazemos delas.

 

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  Pra entender a prosa …

Vivemos um tempo de guerra, tempo de rancores.

Desde que Dilma caiu e Lula foi preso uma luta fratricida foi decretada. Nós x eles. Os que se acham de esquerda, rançosos, e a direita encardida, emproada.

Em qualquer guerra declarada, a primeira grande batalha, medonha e suja, é a da informação. A comunicação. A briga é por pautar os acontecimentos, criar narrativas, ganhar a mídia, fazer a cabeça.

É uma batalha suja, vale tudo. Mentiras, acusações, ameaças, versões, xingamentos, calúnias, fakes, hackers…

Não é à toa que os ‘profissionais’ de marketing contratados para destruir o adversário ganham tanto. E nunca mostram a cara. Haja slogan, adjetivo, bandeira, palavras de ordem, roteiros … que a manada segue e berra. Criam-se seitas. Ídolos, sujos e santificados.

As campanhas eleitorais são uma festa. Vende-se sebo por sabonete.  Toletes como se fossem chocolates.  E o eleitorado come, a ‘massa’ lambe os beiços.

Os veículos de comunicação entram no jogo, claro, por intere$$es.

Os verdadeiros e urgentes problemas – como a educação, a saúde, a segurança pública, o trabalho, o saneamento básico, a  infra … – vão pra escanteio.

Mergulhamos no abismo sem fundos do atraso.

 

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  Pra  fechar  o  tabuleiro  …

– Essa política vigente é uma farsa, um jogo de mentiras, enganações.

Um teatrinho rasteiro de atores togados, engravatados, fardados e empinados.

Ah ! O poder !

Ninguém acredita na cena. Nem eles.

Querem só ficar ainda mais ricos, a cada fala.

Caquéticos scripts.

Abaianando:  –  Isso tudo é um  balaio de presepadas!

 

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Diga que não !

 

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(zédejesusbarreto é jornalista e escrevinhador/foto: arquivo pessoal