Por Redação- Foto
O pedido de impeachment do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi aprovado agora pela manhã. A votação, que estava marcada para às 4h da madrugada deste sábado (14), seguindo o horário de Brasília, foi decisiva, com 204 votos favoráveis e 96 contrários. Para ser aprovado, o pedido precisava de pelo menos dois terços dos votos, o equivalente a 200 cadeiras parlamentares.
Com o impeachment aprovado, o presidente será afastado do exercício de seus poderes e quem assume de forma interina é o primeiro-ministro, Han Duck-Soo.
Agora, o processo será enviado para o Tribunal Constitucional, que tem até seis meses para decidir se destitui o presidente do cargo ou o reintegra. Se a corte optar por remover Yoon do cargo, ou em caso de renúncia do presidente, uma nova eleição presidencial vai acontecer 60 dias após a decisão.
Por que pediram impeachment?
Logo nos primeiros meses de seu mandato em 2022, houve uma tragédia durante o evento de Halloween de Itaewon, que matou 159 pessoas, com o público exigindo responsabilização e ação das autoridades. E a resposta que a população teve foi o bloqueio, solicitado por Yoon, de um projeto de lei propondo uma nova investigação sobre o incidente no início deste ano, de acordo com a Reuters.
Também houve uma situação que infligiu a lei, a esposa do presidente, Kim Keon Hee, foi acusada de aceitar uma bolsa de grife da Dior de 2.200 dólares como presente, essa atitude desobedece a lei anticorrupção que proíbe funcionários públicos e seus cônjuges de receberem presentes avaliados em mais de $750. Yoon chamou as acusações de “manobra política”, mas o escândalo se transformou em uma crise completa para Yoon e seu partido conservador, e a resposta foi nas eleições parlamentares de abril, onde os partidos de oposição liberais obtiveram uma vitória. Essas situações levaram a Yoon a ordenar a lei marcial de emergência, o que não agradou a população e membros governamentais.