Por Redação – Foto Martín Zabala

Nesta terça-feira (29), a Argentina aprovou a Lei do Ônibus, proposta pelo presidente Javier Milei, em uma vitória para o ultraliberal, que enfrenta protestos nas ruas devido a essa e outras iniciativas. O projeto recebeu 142 votos a favor e 106 votos contra na Câmara dos Deputados, com 5 abstenções. Agora, o texto precisa ser analisado pelo Senado.

Apesar de enfrentar resistência no Legislativo, o conjunto de reformas delineia o caminho para privatizações e para a expansão temporária dos poderes de Milei, além de iniciar uma revisão da legislação trabalhista. Acompanhando essas medidas, um pacote fiscal em análise atualmente também restringe a isenção do imposto de renda no país.

O projeto é uma versão mais enxuta do texto que não obteve sucesso no Legislativo em fevereiro. No início daquele mês, os deputados aprovaram a versão original, um extenso documento com mais de 600 artigos. No entanto, poucos dias depois, o texto foi drasticamente alterado até que a bancada governista o retirou da pauta para evitar que seus objetivos fossem comprometidos.

Desde então, até este mês de abril, o governo adotou uma abordagem diferente: optou por negociar. Diversos governadores e representantes de bancadas de deputados foram convocados para reuniões na Casa Rosada, e a partir dessas conversas surgiu o consenso em torno do texto que foi apresentado ao Congresso nesta semana.