Por Redação – Foto Divulgação

Declaração foi dada pelo vereador líder da oposição após divulgação dos dados divulgados pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), que aponta a capital baiana com os piores números do país em desnutrição infantil, população desocupada, homicídios de jovens e PIB per capita.

“Desejo que a população tenha consciência da performance de quem comanda Salvador e manifeste na urna a mudança por uma cidade na qual a vida com dignidade esteja na centralidade das políticas públicas, porque o que temos assistido é a nossa cidade descer ladeira abaixo”, afirma.

Ainda com base no ICS, que indica que 11,15% da população vive abaixo da linha de pobreza, Sílvio afirma que Salvador não apresenta perspectivas para as atuais e futuras gerações.

“São mais de trinta anos de incapacidade de promover o bem-estar social, e nem precisa ir nas regiões mais afastadas de Salvador para dar de cara com tanto descaso. Os bairros mais centrais expõem pessoas na informalidade e mendicância, e isso é resultado da falta de emprego e trabalho decente.  É uma pobreza sem fim”, conta.

Sílvio aponta ainda problemas históricos e que, segundo ele, não são prioridade da Prefeitura.

“Salvador possui Plano Municipal de Manejo de Águas Pluviais e Drenagem, mas a Prefeitura de Salvador mal o utiliza, colocando em xeque o ir e vir de comunidades da Cidade Baixa e Subúrbio Ferroviário, que são obrigadas a conviverem com alagamentos, enchentes e deslizamentos de terra por anos a fio”, frisa.

“Outro problema é o valor da tarifa de transporte, a mais cara do Nordeste. A gestão segue retirando diversas linhas dos bairros, o que expõe a insensibilidade com grande parte da população empobrecida e que acaba por ter que se deslocar a pé por longas distâncias em detrimento de uma isenção de ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza) às empresas de ônibus, em 2019, concedida pelo prefeito à época ACM Neto (DEM)”, lembra. “O município tem um déficit de creches, mas o que a Prefeitura faz é terceirizar a responsabilidade para as mães ao pagar um valor para matricularem seus filhos em creches sem infraestrutura, quando na verdade ela [a Prefeitura] é quem deveria construir esses espaços”, destaca.