Por Pérola Achael e Yuri Abreu | Foto Pérola Achael

O coordenador-geral a Fundação Única dos Petroleiros (FUP) criticou, nesta quinta-feira (21), a política de preços praticada pela Acelen, que administra a Refinaria Landupho Alves-Mataripe (RLAM) especialmente nos combustíveis com gasolina, gás de cozinha e diesel.

Durante as celebrações pelos 70 anos de criação do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindpetro-BA), que acontece na Alba, o dirigente pediu que o equipamento, localizado na Região Metropolitana de Salvador (RMS), fosse reestatizado, voltando a ser controlado pela Petrobras.

“Felizmente, a Petrobras mudou a sua gestão com o governo do presidente Lula. Tivemos o fim do preço de paridade de importação sendo praticado pela Petrobras. Então, hoje, na Petrobras, nós não temos mais a forte influência do preço do barril do petróleo, do dólar e também dos custos de importação dos derivados de petróleo. Por isso, em todo o Brasil nós temos preços muito menores do que aqui na Bahia”, disse ele.

“Infelizmente, na Bahia, tivemos a refinaria privatizada para o Fundo Mubadala, que comprou a refinaria por 1 bilhão e 850 milhões de dólares, e hoje pratica o segundo preço dos combustíveis mais caros do país. Um exemplo é botijão de gás de cozinha, onde no restante do Brasil é vendido entre 102 e 120 reais e aqui na Bahia, entre 148 e 153 reais, exatamente por conta da privatização. Por isso, uma luta central para nós petroleiros e para toda a sociedade baiana, é que nós temos a reestatização da Refinaria Landupho Mataripe. Temos certeza absoluta que quando a Petrobras voltar a ter o controle acionário e operacional da refinaria, nós teremos mais uma vez preço justo. Por isso, é uma luta que não deve ser apenas dos trabalhadores e trabalhadoras dessa refinaria. Precisa ser uma luta de toda a sociedade baiana, que hoje paga um gasolina, um diesel, gás de cozinha a preços exorbitantes e também a indústria, que paga pelo gás natural, pelo NAFTA, pelos derivados de petróleo que sai da refinaria, preços muito mais altos do que os outros que são praticados em refinarias da Petrobras e nos outros estados da nossa federação”, concluiu.