Mantendo uma tradição que iniciou em 2003, quando assumiu a presidência da República, o ex-presidente Lula (PT) participou desta quarta-feira, 22, do Natal dos Catadores. No início de seu discurso, o petista tentou sinalizar que tem apoio de setores capitalistas importantes.

“Esse dia de hoje está muito interessante, porque aqui a gente tem banqueiro, que já não é mais banqueiro, que está ao nosso lado nessa briga por reconstruir a democracia. […] Nós temos aqui empresários, que não vou citar o nome para não expor ninguém, que estão preocupados em conhecer como é a vida de vocês, como vocês vivem, porque a gente precisa humanizar o povo brasileiro”, afirmou.

Mais adiante, durante sua fala, Lula destacou que, “quando todo mundo estiver recebendo um salário, um dinheirinho, eles vão perceber que a vida vai melhorar para quem trabalha, vai melhorar pro dono do pequeno comércio, para o banqueiro”.

“Eu sou a pessoa que os banqueiros menos gostam, mas vocês sabem que nos meus governos e nos da Dilma quantas pessoas nós colocamos no sistema financeiro, gente pobre? 70 milhões de pessoas. Significa que no governo do PT colocamos uma Argentina e uma Colômbia dentro do sistema financeiro. Essa gente deveria vir de joelho conversar com a gente, parar de ser arrogante, parar de achar que são gênios, que sabem mais do que os outros”, afirmou.

Lula, no entanto, também fez fortes críticas aos banqueiros, enquanto denunciava a fome que não para de aumentar no Brasil. Ele destacou que é possível construir um mundo melhor, que não seja “um privilégio dos banqueiros para ganhar dinheiro”.

Fonte: Brasil 247