Jolivaldo Freitas*
Falar a verdade, como faremos para votar este ano? 2018 é o Ano do Cachorro ou do Cão, na astrologia chinesa que segue um calendário lunar diferente da astrologia ocidental. Este ano começou em 16 de fevereiro de 2018 e vai até 4 de fevereiro de 2019, quando dará lugar ao Ano do Porco de 2019. Se atente. O que este ano nos reserva, já diziam lá atrás os astrólogos chineses, é que será ainda, um bom ano em vários quesitos, mas ao mesmo tempo em que se será feliz, também haverá frustração e infelicidade. Entendeu? Não? Explico na prática citando a questão da eleição.
Para quem vota em Lula – caso ele saia da prisão, a candidatura se aceita e por aí vai com certeza que será uma felicidade sem par, mas que trará choro e ranger de dentes quando se pensar na possibilidade de Lula vir a fazer tudo como fez antese o que levou para trás das grades. Lembre-se que Fernando do Collor foi obrigado a pedir para sair da Presidência da República para não sofrer impedimento, voltou como senador e está de novo no olho do furacão por acusações de corrupção. Quando o cara é corrupto profissional não tem volta. Pior que cheirar. De repente lembrei de Aécio, outro corrupto.
Mas, digamos que a felicidade para outros neste ano cachorrento seja a Marina. Será que em seguida o sofrimento previsto pelos astrólogos chineses não seria ela não ter condições físicas e psicológicas de levar em frente um governo num país tão complicado? Marina é honesta – até prova em contrário – mas, já se misturou com quem não devia e o amor é cego. Marina é o temor do agronegócio, a única coisa neste país que vem dando certo.
E se a felicidade neste ano cachorroso for o Ciro Gomes? O sofrimento pode vir em seu estilo que em alguns momentos lembra ao famigerado Jânio Quadros. Ele pode botar o país mais ainda a perder com a mania de dar murros na mesa e mudar de opinião conforme a biruta do aeroporto. O que se pode esperar de Ciro? Nem a bela ex-mulher Patrícia Pillar aguentou a barra, a falta de tato do marido e o transformou em ex. E se ele se reta e larga a presidência dando uma banana para todos os brasileiros? Ou pior: estatizar tudo? É um risco pois ele é cão que ladra e morde.
Digamos que a felicidade neste ano do Cão seja eleger Vera Lúcia Salgado, do PSTU. Ela já disse que vai começar jogando duro contra as 100 maiores empresas do país, que serão desapropriadas. Imagine desapropriar a Odebrecht, a JBS, A Braskem a … (tá certo, não são flores que se cheirem mas é o que temos), ou fazer com que a Nestlé, a Johnson & Johnson e tantas outras saiam do país ou para colocar nas mãos do estado, ainda mais num governo de socialismo radical? E olha que ela ainda acredita que o socialismo não é utopia. Considera ciência. E nem lembra o que aconteceu com os governos socialistas historicamente – ou não sabe – e não vê a guindada para um ser híbrido de socialismo-capitalista-globalizado da China, seu mais expressivo bastião. Até Cuba já vai mudar a Constituição voltando para a lei de mercado, nos próximos dias. Ou seja: o sofrimento virá em vermos o país que já foi a sexta potência econômica mundial voltando a competir mercado com a Bolívia e o Haiti.
De repente o cara pirou e decide voltar em Geraldo Alckmin, neste ano a acachorrado. O cara é eleito todo enrolado em denúncias de corrupção, está mais embolado que bolo de rolo com tantos tratos, promessas e dívidas para com seus partidos apoiadores que não vai ter condições de governar, ainda mais que o senador Romero Jucá e o senador Jarbas Vasconcelos estão com reserva de mercado na presidência do Senado e nenhum presta. Vota-se em Alckmin e o sofrimento é ver que nada mudou. Tudo como dantes.
Vai voltar em Bolsonaro neste ano chinês do cachorro vira-lata? A felicidade com certeza vai durar pouco. Os aeroportos serão poucos para a saída intempestiva dos democratas, dos comunistas, dos gays, das feministas, do clérigo, das Ongs sociais e até do vendedor de panelas. Está certo que os bandidos correrão também. Mas, em se tratando de um governo de teor ditatorial semi-militar o que se pode esperar? Porrada na cacunda. Os generais no poder.
Pior é que 2018, segundo a astrologia chinesa, vai durar até o dia 4 de fevereiro. Mas, para felicidade geral da nação em seguida vem o Carnaval. Será que vem mesmo? 2019 é o Ano do Porco, dizem os chineses.
Escritor e jornalista: [email protected]