Nos últimos meses, as tensões em torno de Taiwan têm aumentado, especialmente após a visita das delegações dos EUA e da União Europeia à ilha autogovernada, que Pequim considera um território rebelde.
Wang Yi, o ministro das Relações Exteriores da China, alertou Washington contra o apoio às forças pró-independentistas de Taiwan, afirmando que os EUA estão enviando “sinais errados”.
Durante conversações virtuais entre o presidente chinês Xi Jinping e seu homólogo norte-americano Joe Biden, Wang sublinhou que Washington deve cumprir seus compromissos relativamente a Taiwan e não perseguir uma tentativa de apoiar a sua independência.
Estas declarações surgem depois que Biden prometeu defender Taiwan contra qualquer agressão, aludindo a Pequim, enquanto Taipé admitiu acolher na ilha tropas americanas nos últimos anos.
Ao mesmo tempo, a China criticou os EUA e os países europeus por tentarem impulsionar seus contatos com Taiwan, classificando tais ações como intromissão nos assuntos internos da China.
Recentemente, um relatório publicado pelo Ministério da Defesa de Taiwan revelou pela primeira vez os números exatos de militares dos EUA que estiveram na ilha para treinar as tropas taiwanesas nos últimos anos.
Segundo o documento, cerca de 2.800 militares dos EUA e de Taiwan estiveram envolvidos em programas de intercâmbio entre setembro de 2019 e agosto de 2021. O número inclui 542 soldados taiwaneses que viajaram aos EUA para participar de 175 programas diferentes e 618 norte-americanos que estiveram envolvidos em 107 programas na ilha.
A ilha de Taiwan, que oficialmente se autodenomina “República da China” tem sido administrada por um governo próprio desde o fim da Guerra Civil Chinesa em 1949.
Fonte: Sputnik Brasil