Brasil 247 – Odimar Barreto dos Santos, ex-assessor especial de Milton Ribeiro, considerado amigo próximo e braço direito do ex-ministro da Educação, não compareceu a quatro convocações feitas pela Controladoria-Geral da União (CGU) no âmbito das investigações que apuram suspeitas de corrupção e tráfico de influência na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, “Odimar Barreto dos Santos era importante elo de Ribeiro com os pastores que negociavam verbas federais para prefeituras mesmo sem cargos no governo de Jair Bolsonaro” e foi designado pessoalmente por Milton Ribeiro para atender aos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, suspeitos de integrarem o gabinete paralelo que atuava na intermediação da liberação de verbas da pasta mediante o recebimento de propinas.

Odimar Barreto é ex-major da Polícia Militar e também é pastor auxiliar na mesma igreja comandada por Ribeiro em Santos (SP), além de se apresentar como pré-candidato a deputado nas redes sociais. Segundo a CGU, a atuação do ex-assessor é uma das linhas das investigações acerca do escândalo envolvendo o Ministério da Educação.

Um relatório da CGU aponta que as investigações sobre Odimar não teriam sido aprofundadas porque ele faltou sem justificativa a quatro depoimentos agendados para os dias 14 e 29 de abril e 5 e 13 de maio. Ainda segundo o órgão de controle, a atuação do ex-assessor é uma das linhas das investigações acerca do escândalo envolvendo o Ministério da Educação.

Odimar Barreto foi exonerado em 18 de março deste ano, mesmo dia em que as primeiras informações sobre a atuação do gabinete paralelo formado por pastores começaram a ser divulgadas pela imprensa.