Berlim tem defendido repetidamente o projeto de energia conjunto dos gigantes europeus e de supostos ataques pela companhia energética russa Gazprom tanto dentro da UE como fora dela.

A chanceler alemã, Angela Merkel, no entanto, teve que negociar um acordo separado com os EUA para evitar que Washington aplicasse novas sanções ao gasoduto.

O ex-presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, lamentou a conclusão do gasoduto Nord Stream 2 (Corrente do Norte 2), anunciada no início do dia (10), chamando-o de “erro imperdoável”. O político polonês alegou que a conclusão do projeto só se tornou possível graças aos “interesses egoístas da Alemanha”.

“Acredito que este é um erro, um erro imperdoável, pois tem consequências muito graves”, advertiu Tusk.

Tusk também deixou escapar o fato de que Merkel, supostamente, teria admitido em conversas privadas que sabia que o gasoduto em causa era “ruim para a UE”, mas ainda assim insistiu em sua conclusão.

Os EUA partilharam da mesma posição, impondo-lhe sanções em uma tentativa mal sucedida de deter sua construção.

Por sua vez, o Kremlin tem garantindo várias vezes, ao longo dos anos, que o Nord Stream 2 é um projeto puramente econômico, denunciado tentativas de politização de sua construção. Moscou também observou que os contratos de trânsito de gás com a Ucrânia, que tanto preocupa Washington, serão renovados enquanto permanecer economicamente viável e enquanto a UE continuar comprando gás russo.

Fonte: Sputnik Brasil