Por redação – Foto Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

Após denúncias, a Ilha de Marajó, no Pará, esta no centro dos debates na internet, por  m exploração sexual infantil. O tema não é novo para a região, que já foi alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado em 2010.

Recentemente, a cantora Aymeê trouxe forte repercussão ao assunto ao fazer relatos contundentes durante um programa de competição musical. A artista afirmou que “Marajó é uma ilha a alguns minutos de Belém, minha terra. E lá tem muito tráfico de órgãos. Lá é normal isso. Tem pedofilia em nível hard”. Ela ainda relatou que “Marajó é muito turístico, e as famílias lá são muito carentes. As criancinhas de 6 e 7 anos saem numa canoa e se prostituem no barco por R$ 5”.

Em 2010, durante a CPI no Senado, foram investigadas dezenas de denúncias e relatos sobre casos de violência sexual contra crianças e adolescentes na região. Um caso emblemático mencionado durante a comissão foi o do ex-deputado Luiz Afonso Sefer, posteriormente condenado a 20 anos de prisão pelo crime de estupro de vulnerável. Ele adotou uma criança de 9 anos, prometendo trabalho, mas iniciou os abusos dias após a chegada da menina.

A CPI também destacou a exploração sexual nas embarcações, principalmente nas balsas e navios de transporte de cargas para a cidade de Manaus, identificada como “rota da exploração sexual”. Os municípios de Portel, Muaná, Breves, Curralinho, São Sebastião da Boa Vista e Gurupá foram apontados como áreas especialmente afetadas por esse grave problema.