Por Redação – Foto Gabriela Veras/CNN

 

A noite de quarta-feira (13) foi marcada por momentos de tensão na Praça dos Três Poderes, em Brasília, quando um homem se explodiu próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF) e um carro explodiu no estacionamento Anexo IV da Câmara dos Deputados. As explosões, ocorridas por volta das 19h30, mobilizaram forças de segurança, obrigaram a retirada de ministros do STF e isolaram a área por risco de novos casos.

Os palácios do Planalto, Alvorada e Jaburu tiveram a segurança reforçada, e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou perícia no local. Em nota, a Polícia Federal (PF) confirmou a abertura de um inquérito para investigar os ataques.

Nesta quinta-feira (14), os prédios do Congresso passarão por uma varredura completa para identificar possíveis artefatos. O expediente foi suspenso no Senado, e na Câmara as atividades estão previstas para retornar apenas ao meio-dia, dependendo da reavaliação da segurança. O STF também anunciou que voltará a usar grades ao redor de seu prédio, como medida preventiva após o ataque.

Investigação e detalhes sobre o autor do atentado

O responsável pelas explosões foi identificado como Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morador de Rio do Sul

(SC), conhecido como “Tiu França” entre amigos e familiares. Ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) em 2020, Francisco dirigia o Kia Shuma que explodiu no estacionamento da Câmara e teria carregado o veículo com fogos de artifício. Ele foi também o autor do ataque suicida, se explodindo nas proximidades do STF.

Antes do atentado, Francisco postou mensagens nas redes sociais sugerindo que planejava o ataque, citando em tom ameaçador órgãos como a Policia Federal e mencionando uma “bomba” em mensagens enviadas para si mesmo pelo WhatsApp. Uma das mensagens dizia: “Vamos jogar??? Polícia Federal. Polícia Federal, vocês têm 72 horas para desarmar a bomba que está na casa dos comunistas de merda”.