Por Redação – Foto Reprodução/Redes Sociais
Apesar de notarem um gosto diferente no bolo natalino, os seis membros de uma família em Torres, cidade localizada no litoral do Rio Grande do Sul, seguiram comendo a sobremesa, o que resultou em uma intoxicação por arsênio.
No total, três pessoas morreram após comer o bolo: a professora aposentada, Maida Flores da Silva, 58 anos, que era irmã da mulher que fez a sobremesa, morreu vítima de choque após intoxicação alimentar, uma outra irmã, Neusa dos Anjos, de 65 anos e sua filha, Tatiana dos Santos, de 43 anos, também não resistiram após uma parada cardiorrespiratória.
A família se reuniu em uma confraternização em 21 de dezembro. O marido de uma das irmãs também chegou a ser hospitalizado, mas já recebeu alta. A substância, extremamente tóxica, é utilizada para produzir arsênico, um veneno altamente mortal, foi encontrada no sangue de uma das vítimas e nos dois sobreviventes que comeram o bolo, inclusive no da mulher que preparou a sobremesa.
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Ela, inclusive, é quem mais tem a substância no corpo, já que foi a única a comer duas fatias e está internada. Um sobrinho-neto da mulher, um menino de 10 anos, também está no hospital. Um sétimo familiar que estava na confraternização não ingeriu o bolo.
De acordo com a investigação da Polícia Civil, o bolo tinha um gosto apimentado, diferente do esperado em uma sobremesa doce. Apesar disso, a família decidiu consumi-lo mesmo assim. O arsênio, substância encontrada no bolo, geralmente é sem cor e se cheiro.
A polícia foi até a casa da mulher que fez a sobremesa e encontrou diversos produtos vencidos, incluindo a farinha de trigo utilizada na preparação.
A polícia investiga a possibilidade de envenenamento ou intoxicação alimentar como causa das mortes em Torres. Além disso, o corpo do ex-marido da mulher que preparou o bolo será exumado para novos exames, após sua morte em setembro, inicialmente atribuída a causas naturais. A nova investigação busca esclarecer se existe alguma conexão entre os casos.