*Por Sérgio Jones*

 

O aparente ufanismo com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), divulgado recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) em que coloca o município de Feira de Santana, no ranking do maior PIB do Nordeste e que mereceu comemoração pelos áulicos do poder, não serve de alento para considerável parcela do povo feirense. Parcela que vive na linha, ou abaixo dela, na pobreza.
Agravado pelo bizarro quadro econômico brasileiro, o povo não tem muito o que comemorar. A miséria social no país se expande a olhos vistos. O Brasil, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), é o segundo maior país concentrador de renda do mundo, só é superado pelo Catar, país árabe conhecido oficialmente como um emirado do Oriente Médio.
Na terra Brasis 1% dos mais ricos concentra 28% e 10% abocanha 43% do total do que a nação produz. Conforme demonstra pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE). A desigualdade de renda no país piorou e se mantém nos maiores patamares da série histórica iniciada desde 2012.
Embora o município tenha sido beneficiado com o aumento do PIB, o mesmo não acontece no tocante a melhoria da qualidade de vida do cidadão. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos munícipes não acompanha na mesma proporção esse crescimento do PIB.
A falta de emprego, a exemplo do que ocorre em todo país, é alta e os programas sociais desenvolvidos pelo governo municipal são considerados incipientes. Com tendência para se agravar nos próximos anos. Os compromissos feitos de campanha na última eleição pelo grupo político do prefeito de direito e não de fato, Colbert Martins, para se manter vitorioso no cargo se utilizou, sem pudor, da máquina pública.
Comenta-se que os tipos de acordos que foram realizados possibilitaram ao grupo criar um amplo arco de alianças que resultou na vitória da tão almejada reeleição do atual prefeito. E que os acordos feitos vão desde negociações de cargos, a um derrame substancial de recursos públicos nessa empreitada.
Devido aos abusos cometidos, como alguns munícipes garantem ter ocorrido em ano eleitoral, por parte do poder público. O resultado de todos esses crimes contra os reais interesses da população deixa evidente que muito pouco ou nada restará de recursos, para ser aplicado no social. Será uma administração totalmente engessada e comprometida com interesses escusos. Como sempre, ganham eles, perde o povo.
*Sérgio Jones, jornalista ([email protected])