Lançamento ocorre nos dias 26, 27 e 28 de agosto, às 20h, em formato de live no Instagram do próprio artista

Quando em julho de 2020 o fotógrafo Tacun Lecy esteve em dez comunidades periféricas de Salvador e Lauro de Freitas e em quilombos do Recôncavo Baiano para documentar a entrega das 33 toneladas de mantimentos doados pela campanha ‘150 FOTOS PELA BAHIA’, ele não imaginava que o registro visual dessa empreitada fosse reunir um material tão representativo para revelar “Olhares sob a Pandemia”, fotolivro digital que ele lança nos dias 26, 27 e 28 de agosto.

O lançamento de ‘Olhares sob a Pandemia’ acontece em três momentos: no dia 26, com a apresentação da publicação; no dia 27, com uma conversa sobre o processo criativo da obra; e no dia 28, onde o foco é o debate sobre a criação artística em tempos de pandemia. Todas as atividades acontecem on-line, em formato de live, no Instagram do artista (@tacunlecy.fotografia) e vão contar com a participação de integrantes da equipe de produção da obra, representantes de comunidades fotografadas e dos fotógrafos Ismael Silva e Heitor Rodrigues, artistas contemplados no Edital Prêmio das Artes Jorge Portugal 2020. O fotolivro ‘Olhares sob a Pandemia’ estará disponível para acesso gratuitamente no site do artista (www.tacunlecy.com).

O conjunto da obra contempla ainda um webdocumentário homônimo, com direção de Alex Baradel, apresentando fotografias e narrativas de Tacun Lecy e links para conteúdo extra com informações sobre as fotos e as comunidades, depoimentos de moradores, além de acesso à exposição virtual “150 FOTOS PELA BAHIA: O Registro”.

“Olhares sob a Pandemia” apresenta momentos particulares do cotidiano em comunidades baianas durante os primeiros meses da crise sanitária mundial. A obra mostra diálogos estabelecidos pelos olhares do fotógrafo e dos moradores desses espaços, revelando nas suas expressões diferentes sentimentos e sensações no encontro com o outro. Este é o primeiro fotolivro digital de Tacun Lecy que traz em 120 páginas fotografias em preto e branco, além de textos e legendas bilíngue (Português/Inglês).

Para o fotógrafo, o isolamento, o distanciamento social e a utilização de máscaras, potencializou a comunicação através do olhar. “’Olhares sob a Pandemia’ representa muitas coisas para mim nesse momento da vida. Não apenas pelo fato de eu ser um fotógrafo que está lançando um novo trabalho. Mas, especialmente por esse trabalho ter me permitido reencontrar pessoas em meio à escuridão de incertezas que a pandemia nos colocou e através dessas conexões dos nossos olhares, ainda poder sentir esperança por tempos melhores e ter fé que continuaremos resistindo juntos”, sintetiza Tacun Lecy.

É importante destacar que o lançamento de “Olhares sob a Pandemia” não se fundamentou apenas em um momento pontual da documentação fotográfica realizada na entrega das cestas da campanha ‘150 FOTOS PELA BAHIA’, segundo o artista, esse caminho inicial foi uma abertura de portas. “Reunir as fotografias e desenvolver o trabalho foi um mergulho mais fundo, que se desenvolveu ao longo do tempo e me colocou mais próximo às comunidades, realçando uma relação que já é uma característica na minha trajetória”, ressalta Tacun Lecy.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal e o fotolivro ‘Olhares sob a Pandemia’ estará disponível para acesso gratuitamente no site do artista (www.tacunlecy.com).

 

BIOGRAFIA DE TACUN LECY

Foto: Divulgação

Fotógrafo profissional desde 2009, quando começou a documentar comunidades de artesãos da Bahia para o Instituto Mauá, desde então Tacun Lecy desenvolve pesquisas e documentações fotográficas sobre as culturas afro-brasileiras, com o eixo centrado nos Candomblés Jeje-Nagô do Recôncavo Baiano e nas Comunidades Remanescentes de Quilombos.

Em 12 anos de estrada, Tacun Lecy construiu uma caminhada sólida com a fotografia, com importantes destaques na sua carreira, a exemplo da premiação no “Concurso Cultural Fotografe o Brasil”, com exposições realizadas em São Paulo no Museu da Imagem e do Som (MIS), no PhotoImage Brasil e no Senac Santo Amaro (2013); e sendo finalista do “19º Concurso Latino-Americano de Fotografia Documental Los Trabajos Y Los Días”, participando de exposição em Medellín, Colômbia (2013).

Realizou e participou de diversas exposições, como a autoral “ÌYÈFUN: Farinha dos Humanos, Alimento dos Deuses” , publicando o livro-catálogo homônimo (Salvador, 2015-2016); “Cidade Histórica: Uma Cachoeira de Emoções” (Salvador, 2009); Corpo-Imagem dos Terreiros, na Caixa Cultural Brasília (Distrito Federal, 2014); “Axé Bahia: The Power of Art in an Afro-Brazilian Metropolis”, no Fowler Museum at Ucla, integrando o livro homônimo (Califórnia, 2017); ARTDOOR (Salvador, 2020); “150 Fotos Pela Bahia: O Registro” (Salvador, 2020); e da exposição virtual permanente “Experiências Quilombolas”. Também teve ensaios fotográficos exibidos no projeto “Olhos da Rua”.

No campo das publicações, além dos já citados anteriormente, Tacun Lecy produziu toda a documentação fotográfica do livro “Conversa Quilombola: Artesanato e Tradição do Quilombo de Campo Grande – Santa Teresinha/BA” (Salvador, 2012). Suas fotografias também ilustram o livro “Diáspora e Ancestralidade”, do antropólogo Fábio Lima (Salvador, 2015).

Suas documentações sobre as culturas afrodiaspóricas estão em sites dos terreiros Gantois e Casa de Oxumarê, contribuindo para a salvaguarda das histórias desses espaços ancestrais. Também integram o dossiê que reivindica o tombamento de Oyó (Terra de Xangô), na Nigéria, como patrimônio da Humanidade. Tacun Lecy integra o hall dos principais fotógrafos que têm a Bahia como foco dos seus trabalhos desde que foi selecionado para compor o acervo permanente do Forte Santa Maria – Espaço Pierre Verger da Fotografia Baiana.

Em 2020, participou de campanhas em prol de comunidades em vulnerabilidade social afetadas pela pandemia como a “180 Fotos Pró Rio” (Rio de Janeiro) e a 150 Fotos Pela Bahia (Salvador), que deu origem ao trabalho que agora é lançado, “Olhares sob a Pandemia”. Além disso, atua como arte-educador, tendo formado dezenas de jovens fotógrafos negros de bairros periféricos de Salvador.

Além de fotógrafo, Tacun Lecy é Cantor do grupo Os Soldados de Ògún; Axogum do Terreiro Raiz de Ayrá; Diretor Executivo da Ọmọ Erinlẹ̀ Comunicação Social; Idealizador e Coordenador Geral do Projeto Quilombo em Foco; Diretor Artístico do Projeto Música na Comunidade, Coordenador de Comunicação da Fundação Pierre Verger; Diretor de Comunicação do Coletivo GEOGRAFAR; e discente do Curso de Geografia do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA).

SERVIÇO
• O que: Lançamento do fotolivro digital Olhares sob a Pandemia
• Quando: 26, 27 e 28 de agosto
• Horário: 20h
• Onde: Instagram do artista (@tacunlecy.fotografia)
• Quanto: Gratuito no site www.tacunlecy.com