Por Confraria do NB – Foto Robyn Beck/AFP
Futebol paixão nacional?
R$ 800 reais era o valor do ingresso mais caro na Arena Fonte Nova para ver o jogo seleção brasileira contra o Uruguai em mais uma rodada das eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. A pífia partida dos brazucas terminou no empate de 1×1. A CBF meio que culpou a administração da Arena pelos preços absurdos. O resultado foi o esvaziamento desses setores. Bem feito! Essa seleção merece mesmo é estádio vazio. CBF, não adianta apontar o dedo para o outro. Você tem mais culpa no cartório. Aqui não tem bobo. Sabemos que administração do estádio e diretores da CBF debatem e aprovam juntos os valores dos ingressos. Tudo isso regado a muita luxuria.
Futebol Paixão nacional II
E por falar na discrepância dos preços cobrados pelos times com os torcedores, vejamos: nas lojas oficiais, quanto custa uma camisa ou qualquer item básico do seu time do coração? Quanto custam os ingressos das partidas das finais dos campeonatos? Então você torcedor que é trabalhador comum, teria itens do seu time se não fosse a ajuda dos cambistas? E seu time quantas vezes oferecem eventos abertos às torcidas para lhe aproximar das estrelas do elenco para tirar uma foto e conseguir um autógrafo? É tudo venha nós e nada deles. Agora quando o time está na beira do rebaixamento aí a mágica dos ingressos a R$ 10 reais acontece para lotar as arquibancadas. “Nem a pau Juvenal” eu pago o preço da camisa oficial do Bahia. Amo meu tricolor de aço. Mas que este amor seja recíproco. Em campo o time não me dá alegrias a décadas. Fora dele, o acesso ao elenco é quase nulo para simples torcedores como eu. Não é justo com os torcedores assalariados (sua maioria no Brasil) pagar 250 reais em uma camisa de time. Estamos falando de justiça social.
Proteção para escolas
A Comissão de Constituição de Justiça da Câmara de Vereadores de Salvador deu parecer favorável ao projeto que obriga a instalação de detectores de metais nas entradas das escolas municipais da capital baiana. O autor da proposta é o vereador Randerson Leal (PV). Infelizmente, do jeito que a coisa está, precisamos deste equipamento em todas as escolas da rede pública de ensino. De novo, infelizmente, as ações do estado e prefeituras não estão garantindo segurança nas escolas. E se chegamos ao ponto de ficarmos preocupados com nossos filhos e filhas na escola, então a coisa tá pra lá de feia. Mesmo alguns tentando fazer parecer que não. Antes de criticarem a imprensa por bater na tecla da segurança, melhor seria trabalhar mesmo para evitar que relatos “olha, infelizmente quem protege a escola são os traficantes. Ninguém mexe com a gente aqui. Mas eles fiscalizam quem entra e sai pra trabalhar aqui e qualquer carro novo que estacione na frente da escola eles vêm logo perguntar quem é”. Do jeito que a coisa está, por proteção não iremos revelar se a escola é estadual ou municipal. Mas é na capital.
OAB x Geraldo
Convenhamos, nunca antes na história da Ordem dos Advogados do Brasil seção Bahia, tivemos uma eleição tão, digamos assim, disputada ao bom estilo da nossa política. Imagem aí um monte de advogados e advogadas parados a beira das ruas saudando uma carreata com postulantes ao cargo de presidente da OAB? Pois teve carreata sim. Mas o que chamou mesmo atenção foi a estrutura montada para o comitê de uma das chapas que colocou no chinelo a estrutura do comitê do candidato a prefeito da capital, Geraldo Júnior (MDB). Tomara que toda essa energia seja direcionada para o bem da categoria. Porque na política real, em muitos casos a história é bem diferente quando se assume o poder. Sucesso para vencedora.
A praia é do povo
Assim como a praça Castro Alves é do povo, as praias brasileiras também são. Ou, deveriam ser. Aqui pela capital baiana, na nova orla, os novos quiosques serão entregues à iniciativa privada para explorar o lugar por 30 anos. Claro, no edital deixa claro que a empresa vencedora terá que arcar com a manutenção dos equipamentos. De concessões o Brasil não vai nada bem e a Bahia vai muito pior. Vamos ver como os pobres e humildes barraqueiros que tiram seus sustentos das praias de Salvador vão se beneficiar com essa “concessão” que é uma espécie de privatização com data de validade. E para você povão, se os produtos consumíveis já são caros com as estruturas precárias das barracas que temos, imagina com a concessão?
Deus, pátria, família e escala 6×1
Agora a turma da direita e todas as suas vertentes terão que explicar o que é “família” quando eles defendem “Deus, pátria e família”. Com a chegada do debate nacional em torno da jornada de trabalho sobre a escala 6×1, um dos grandes pontos defendidos é o direito do trabalhador e trabalhadora terem tempo para desfrutar a vida ao lado da sua família. No modelo de jornada atual, na maioria dos casos sobra apenas o domingo para dividir entre cuidar dos afazeres da casa, descansar, ou quem sabe tentar curtir um pouco. A maioria opta por descansar pois a “indigesta” segunda-feira é logo ali num piscar de olhos. E nem falei do cuidado pessoal com saúde e algumas questões como atualizar uns documentos ou ir na escola dos filhos e filhas para acompanhar a rotina do estudante. Que também no modelo atual se desdobram no horário de almoço (que alguns defendem reduzir) para tentar sanar essas demandas pessoais. Então para os patriotas de plantão, na trinca verbal de vocês, o que significa família?
“Estorinha” de Bolsonaro
Em sua defesa o ex-presidente Jair (nada) Messias Bolsonaro, zombou das investigações que revelaram um plano de assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Alckmin e do ministro do STF, Alexandre de Moraes. Nunca mais visto comendo uma farofa, Bolsonaro disse que tudo não passa de uma “estorinha” e que Moraes está inventando uma “narrativa” para persegui-lo. A sorte de Bolsonaro e sua turma é que a maldição do Pinóquio é só uma historinha. Do jeito que mentem já teriam tocado a lua com a ponta do nariz.
A bobagem chamada Mourão
O ex-presidente e atual senador do Brasil, Hamilton Mourão (Republicanos), chamou de “bobagem” os planos para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes. “Se meia dúzia, de três ou quatro, resolveu escrever bobagem… tudo bem. É crime escrever bobagem?” , questiona Mourão em entrevista no YouTube. O PL deveria se chamar PPI. Partido dos Paspalhos Inglórios. Vai ter gente falando bizarrices assim na casa da cucuia.