Por Redação – Foto Reprodução/Parque Tecnológico da Bahia

Uma parceria entre o Governo da Bahia por meio da Secretaria do Planemajamento (Seplan) com o Programa das Nações Unidas – PNUD da ONU, atualizou o Plano de Desenvolvimento Integrado (PDI) com visões estratégicas de longo prazo de 2035 para o ano de 2050.

O novo PDI foi apresentado pela Macroplan, consultoria contratada que presta serviços a diversos estados e municípios e Governo Federal, em evento realizado nessa sexta-feira (26), com a participação de gestores e técnicos da Seplan.

O titular da Seplan, Cláudio Peixoto, disse que o planejamento de longo prazo do estado, representado pelo Plano de Desenvolvimento Integrado – Bahia 2035, é o instrumento que orienta todos os demais processos da Seplan, culminando na elaboração da trilogia legal: PPA – Plano Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias – Lei de Diretrizes e LOA – Lei Orçamentária Anual.

“O nosso horizonte está sendo ampliado, porque 2035 já chegou, diante desse contexto no pós-pandemia, marcado por guerras, mudanças climáticas e transformações tecnológicas. Antecipar os cenários, a partir de uma análise aprofundada das tendências e incertezas, nos permite ter uma assertividade maior na formulação e no monitoramento das políticas públicas, facilitando possíveis correções de rotas. Além de sinalizar o caminho que deve ser percorrido para potencializarmos o desenvolvimento e a inclusão social, inserindo uma nova Bahia no mundo ao explorar as oportunidades e nossas potencialidades”, revela Peixoto, pontuando como exemplo, a fábrica da BYD, a expansão dos mercados consumidores para os produtos da agricultura familiar e o papel de liderança na geração de energia limpa.

Diagnósticos, Tendências e Análises de Dados

Para o diretor da Macroplan, Gustavo Morelli, o trabalho realizado aponta o direcionamento a ser seguido, tendo como norte o cenário focalizado. “A Bahia é um estado que tem uma oportunidade grande de crescimento nos próximos anos, desde que se organize um processo coordenado de desenvolvimento que articule os investimentos privados, com a ação do governo do estado na construção do futuro que se imagina a partir do que já foi produzido como parte do processo de atualização do PDI”, avalia.

Já o superintendente de Planejamento Estratégico da Seplan, Ranieri Muricy, destacou o alinhamento do estado em relação ao pensamento estratégico do Governo Federal. “O que nós temos hoje representa muito do pensamento espraiado na Bahia. É um material muito consistente, porque passou pela lupa de uma série de especialistas que ajudaram a construir os elementos para construção dos cenários. E mais uma vez a Bahia se adianta. Temos dado tanto valor ao planejamento de longo prazo e recentemente o Governo Federal manifestou o desejo de construir um planejamento de longo prazo. Pela primeira vez poderá nascer um plano de longo prazo nacional em que o seu consenso mínimo tenha como ponto de partida os estados que já têm estes planos”.

Diversos temas foram analisados, partindo de um posicionamento das tendências e insights para a Bahia no ano de 2050, com destaque para: a possibilidade do estado se tornar um grande exportador de hidrogênio verde e combustível sintético, com energia de qualidade acessível em todo território; ter um sistema escolar em acelerada modernização, com ensino técnico robusto e uma agricultura familiar pujante, tecnificada e regenerativa; ser referência internacional no turismo de natureza; agregar valor na mineração; concentrar 4,9% de participação no PIB nacional e desenvolver uma gestão pública digitalizada, coordenada e centrada na regulação e fiscalização, com governança ampliada.