Ao mesmo tempo que adota medidas restritivas, como a suspensão de transportes intermunicipais e das aulas escolares, em razão da pandemia pela Covid-19, o Governo do Estado mantém investimentos para que o campo continue produzindo e abastecendo a mesa dos baianos. 

Por meio do Pró-Semiárido, projeto executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), o Governo do Estado tem garantido a estrutura necessária para que o agricultor familiar produza o alimento que sustenta a sua família e abastece as feiras livres municipais e os centros de abastecimento em todo estado.
Cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida), o Pró-Semiárido está presente em 32 municípios do sertão baiano, beneficiando 70 mil famílias, com investimento em torno de 300 milhões de reais. O projeto faz parte do conjunto de compromissos do Estado para a erradicação da pobreza.
Para permitir que a produção familiar não seja interrompida, seja por questões ambientais ou por falta de autonomia financeira, foram instalados, ao redor da casa dos agricultores, os canteiros econômicos, estruturas adaptadas às características do semiárido para estes tempos de pandemia, permitindo que, enquanto a cidade para, o sertanejo continue a tocar a sua lavoura.
“Quando pensamos o Pró-Semiárido, focamos primeiramente nos quintais dos agricultores e agricultoras. É nele que acontecem as primeiras movimentações da agricultura, e foi através dele que investimos na autonomia e empoderamento das famílias”, explica o subcoordenador do componente produtivo do Pró-Semiárido, Carlos Henrique.
Os canteiros econômicos têm uma estrutura que impede a perda de água, tanto para baixo do solo como para cima, para a atmosfera. Neles, são produzidas  hortaliças, verduras, plantas ornamentais, medicinais e condimentos, o necessário para garantir a nutrição da família, permitir trocas entre vizinhos e gerar renda com a venda do excedente.
Além da estrutura física, as famílias recebem Assistência Técnica Continuada (ATC), oferecida pelo projeto, e são orientadas sobre as melhores práticas para cuidar dos canteiros, com foco nos princípios da agroecologia. “Eles primeiro cuidam de se alimentar, depois, vêm as trocas e as vendas, principalmente em feiras orgânicas locais, também apoiadas pelo Projeto”, complementa Carlos Henrique. Mais informações estão disponíveis no site da SDR.
Fonte: Ascom/SDR