Por Redação – Foto: Reprodução

Estreou ontem nos cinemas de todo Brasil a adaptação do clássico Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, Grande Sertão. A novidade é dirigida por Guel Arraes, também diretor de O Auto da Compadecida e Lisbela e o Prisioneiro estrelada por Caio Blat e Luisa Arraes .

Com uma diferença de 68 anos, a obra, adaptada pelo olhar do cineasta Guel Arraes oferece a vertente de um embrutecido sertão criminal. A narração de Riobaldo (Caio Blat), professor, na adaptação para cinema, deixa o ambiente das fazendas e latifúndios para trás, e troca de lugar com o cenário da periferia.

O longa troca a violência dos jagunços do sertão para a violência nas periferias urbanas e mostra a intolerância, diante do romance proibido. “Numa grande comunidade da periferia brasileira chamada Grande Sertão, a luta entre policiais e bandidos assume ares de guerra e traz à tona questões como lealdade, vida, morte, amor, coragem, Deus e o diabo”, diz a sinopse.

A violência real vai ser maior do que do cinema. O cinema traz um retrato da tensão real. No Brasil, então, isso é uma verdade absoluta: a violência do dia a dia é uma catástrofe“, observa Guel Arraes, ao falar do novo contexto do filme. Deixando claro ainda que a proposta e a prosódia do texto de Guimarães Rosa, não foi alterada.

Além de Caio Blat e Luisa Arraes, Grande Sertão ainda conta com Luis Miranda, Rodrigo Lombardi, Eduardo Sterblitch, Mariana Nunes e Luellem de Castro.