Ato cênico do Grito dos Excluídos, no 7 de setembro (Foto: Reprodução)

Ação no gramado da Praça dos Três Poderes teve ato performático e aconteceu pela defesa da democracia brasileira e dos direitos para denunciar retrocessos sociais, econômicos e ambientais no país (vídeos)

Rede Brasil Atual – Diversos são atos são realizados desde a manhã desta segunda-feira (7) como parte da programação da 26ª edição do Grito dos Excluídos, que tem como lema “Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto e participação!”. A programação inclui manifestações em cidades de pelo menos 18 estados e no Distrito Federal.

Em São Paulo, houve manifestação na Praça Oswaldo Cruz, na Avenida Paulista, com o lema “Fora, Bolsonaro! Queremos Trabalho, Terra, Teto e Pão!”. O ato foi iniciado com fala do Pastor Ariovaldo Ramos, que apontou para o que chamou de “irresponsabilidade de um Estado omisso” ao contestar a postura de autoridades públicas em relação à pandemia.

No Rio de Janeiro, o Grito dos Excluídos teve uma edição especial da “Marmita solidária”, com distribuição de 550 refeições na capital e no sul fluminense. Os alimentos são produzidos em assentamentos organizados pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e a feijoada popular foi preparada com base na safra agroecológica do assentamento PDS Osvaldo de Oliveira.

Ação semelhante à do Rio foi promovida em Curitiba, com o Sindipetro e o MST distribuindo 2 mil marmitas nos bairros de Vila Formosa, Portelinha, Jardim Santos Andrade e Praça Tiradentes. Até quarta-feira (9), devem ser entregues 5 mil refeições na capital paranaense.

Em Recife, o ato presencial contou com uma homenagem a Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia (MT) morto em 8 de agosto.

Uma performance relacionada ao lema #VidasNegrasImportam foi representada por Lidi Leão e Daniel Pereira, com maquiagem de José Regino, no ato realizado em Brasília (DF). Instalações também alertaram para o sucateamento do setor da cultural no Brasil, com manifestações de apoio aos profissionais da saúde.

Em Fortaleza, a manifestação aconteceu no Aterro da Praia de Iracema e contou com homenagem aos mortos pela pandemia de covid-19.

Personalidades também se manifestaram nas redes sociais em apoio à mobilização. “O Brasil, governado por um presidente que bate continência pra bandeira dos EUA e tem como lema ‘Brasil e EUA acima de tudo’, infelizmente não tem nada a comemorar no Dia da Independência. Hoje não é dia de festa, é dia de luta. #gritodosexcluídos #ForaBolsonaro“, postou, em seu perfil no Twitter, o ex-senador Lindbergh Farias.

“Vamos todos gritar contra o feminicídio, o racismo e a LGBTfobia. Basta de miséria, preconceito e repressão! Queremos trabalho, terra, teto, participação e respeito aos direitos humanos”, escreveu o deputado distrital (Psol-DF) Paulo Félix.