Por Redação – Foto Divulgação

O governador Jerônimo Rodrigues (PT), emitiu uma nota de pesar no perfil X (antigo Twitter), sobre o falecimento do cantor e compositor baiano Carlos Pitta.  O autor do clássico ‘Cometa Mambembe’, faleceu nesta terça-feira (7). Ele estava internado no Hospital Roberto Santos devido a complicações causadas pela diabetes.

Na postagem, o governador da Bahia reconheceu a importância do compositor na Música Pópular Brasileira, salientando que o cantor era “referência cultural e artística da Bahia”.

 

Pitta nasceu em Feira de Santana, em 3 de março de 1955. Estreou profissionalmente em 1979 com o álbum “Águas do São Francisco – Lendas”, pela gravadora Chantecler.

Ele deixa três filhos e um neto. A música “Cometa Mambembe”, que é considerada um dos maiores hits do Carnaval e das festas juninas, foi composta em parceria com Edmundo Carôso.

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Presidente da ALBA também se manifesta

O presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Adolfo Menezes (PSD), também lamentou a morte do músico.

“Meu abraço solidário às ex-companheiras Kátia e Morgana, aos filhos Clara, Ian e Nayana, ao neto Pedro, e a todos amigos, fãs e conterrâneos de Pitta, que muito embalou meus anos de juventude com o seu hit ‘Cometa Mambembe’, parceria com Edmundo Carôso e regravada por diversos artistas da MPB. Que Deus lhe dê o descanso eterno, porque a sua obra musical, como produtor, pesquisador, cantor e compositor já está eternizada”, declarou o chefe do Legislativo estadual.

Ao longo da sua carreira foram mais de 16 álbuns lançados, dividindo o palco em 40 anos de estrada com Gilberto Gil, Dominguinhos, Daniela Mercury, Caetano Veloso, Elba Ramalho, Margareth Menezes, Geraldo Azevedo, Belchior, Fagner, Edil Pacheco, Armandinho e o Trio Dodô & Osmar, entre outros e outras artistas. Em depoimento registrado em 2023, Ivete Sangalo diz que Pitta foi quem lhe emprestou seu próprio instrumento para que ela pudesse avançar na carreira e iniciar apresentações em barzinhos.

Pesquisador

Estudante de Composição e Regência, pela Universidade Federal da Bahia, onde ingressou em 1975, Pitta foi também um grande pesquisador musical. Assinou as trilhas sonoras dos filmes “Boi Aruá”, de Chico Liberato; e “Ciganos do Nordeste”, com direção de Olney São Paulo. Em parceria com Dercio Marques, fez a direção artística de um disco fundamental para a história da MPB: “Na Quadrada das Águas Perdidas”, de Elomar, gravado em 1979.

Em 1986, em parceira com a poeta Myriam Fraga e o pintor Calasans Neto, lançou o disco “A Lenda do Pássaro que Roubou o Fogo”, com arranjos do maestro Lindemberg Cardoso e apresentação do escritor Jorge Amado.

Em 1992, regravou, no álbum “Sete Luas”, a canção “Adeus, Mariana”, clássico do sanfoneiro gaúcho Pedro Raimundo. Em 1996, pelo selo Continental/Warner, lançou “Dançando Forró”, com músicas próprias e clássicos de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. Capitaneou o “Forró para o Mundo”, participando de grandes festivais mundiais de jazz, a exemplo de Montreaux, na Suiça, e Tübingen, na Alemanha.

O velório Carlos Pitta será realizado às 10h da manhã desta quarta-feira (08), no Cemitério Bosque da Paz.