O ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima (PMDB) foi preso preventivamente sem prazo determinado em regime fechado, na manhã da última sexta-feira (8), após a Polícia Federal (PF) encontrar um bunker com 51 milhões de reais em dinheiro vivo em um apartamento em Salvador. Em entrevista ao Acorda Cidade, o prefeito José Ronaldo de Carvalho afirmou não acreditar que as investigações contra o ex-ministro causem impactos negativos aos partidos ligados a ele na Bahia.

“Isso não tem nada a ver. O que está se fazendo no país é uma investigação muito grande na Lava-Jato e outras coisas mais que têm sido divulgadas amplamente. A delação de Palocci, por exemplo, é gigantesca e bombástica. Acho que vai ter muito mais. Dizem que há outras delações para serem homologadas. Sempre que me perguntam o que eu acho, respondo que vai piorar. Cada dia que passa a situação piora, mas acredito que isso vai ajudar a passar a limpo tudo isso e vai ajudar o país”, afirmou.

Ainda sobre as denúncias feitas pelo ex-ministro Antonio Palocci, envolvendo os ex-presidentes Lula e Dilma, José Ronaldo não acredita que irá influenciar na candidatura de Lula para a presidência da republica em 2018. Ronaldo diz que as próximas eleições serão disputadas por novos nomes no cenário político nacional e que Lula não tem mais chances de se eleger.

“Acho que Lula já saiu há mais tempo da disputa da presidência. Antes da delação de Palocci, acredito que ele não seria mais presidente. Acho que essa visita que ele fez ao Nordeste é uma demonstração de que ele não tem mais condições de ser candidato. Quem pensar em candidatura a presidência da República que não seja candidatura nova, está pensando errado. Acredito que tem que ser uma coisa totalmente nova, pois todo dia é uma denúncia nova, então ninguém pode prever nada da eleição de 2018, isso é imprevisível. Daqui até dezembro muita coisa pode acontecer”, disse.

Sobre sua candidatura ao senado nas próximas eleições, o prefeito José Ronaldo de Carvalho disse que é uma hipótese que ele está estudando a cada dia e que vai aguardar os desdobramentos para uma tomada de decisão por volta do mês de janeiro.

Daniela Cardoso/Acorda Cidade