A Ação rápida do vereador José Carneiro, presidência da Câmara Municipal de Feira de Santana, deixa transparecer que a voracidade e velocidade da investigação sobre o recebimento indevido do auxílio emergencial e a consequente punição já está definida, antes mesmo de comprovada a culpa.

Com a intenção de dar visibilidade, nesse período eleitoral, de uma honestidade, “Vitoriana”, questionável, se lança contra os mais fracos de forma selvagem.

O alvo, servidores comissionados acusados de terem recebido o auxílio emergencial de forma irregular.
O que se pode dizer sobre rachadinhas?

O presidente da casa já os sentenciou, serão exonerados. Os efetivos punidos administrativamente.

Amenizando a virulência afirma que as irregularidades serão investigadas e os envolvidos terão amplo direito de defesa.
No entanto não teve esse comportamento, de grande defensor da justiça, quando vários vereadores foram denunciados de se apropriarem ilegalmente dos Cartões Alimentação destinados a esses mesmos servidores.

Na época não era uma denúncia vazia. As provas existiam e ainda existem. Mas o envolvimento de vereadores era bem maior do que se podia imaginar e o caso foi abafado.

O fato não prescreveu, a denúncia ainda pode ser apresentada ao Ministério Público caso um dos prejudicados resolva se manifestar fazendo um depoimento/denúncia.

O que não está descartado.

Anteriormente existia apenas um denunciante com provas concretas. Atualmente são três, dois dispostos a levar em frente essa ação. Aguarda apenas a confirmação do terceiro em acionar o MP. Há três anos coletam provas sobre a utilização dos cartões pelos vereadores envolvidos. O material é farto.

O presidente da Casa foi rápido. Na sessão de ontem, (quarta-feira) 29, falou sobre a notificação do Tribunal de Contas dos Municípios sobre a existência de oito servidores comissionados e três efetivos que indevidamente receberam o auxílio emergencial pago pelo governo federal.

A tolerância é permitida pela presidência do Legislativo feirense quando se trata de atos praticados pelos vereadores,
Entretanto: “Não vamos tolerar, absolutamente, que servidores atentem contra a legalidade impunemente”, disse o presidente.

Esses se consideram os verdadeiros paladinos da justiça. Serão mesmo?

 

Por Carlos Lima