Por Sérgio Jones*
Só existe duas formas de se definir o termo cinismo, se partimos para o conceito filosófico de acordo com o seu idealizador, Antístenes de Atenas. Em que tal conceito deve prevalecer uma felicidade e comportamento de uma vida simples e natural através de um completo desprezo por comodidades, riquezas, apegos, convenções sociais e pudores.
Mas em um conceito mais amplo e por extensão adotados pelas classes políticas brasileiras, na prática, o termo é utilizado de uma forma que afronta ostensivamente as convenções e conveniências morais e sociais.
Estes optam em faltar com a verdade, são íntimos na arte de enganar o povo, tendo como objetivo permanecer no poder para continuar se locupletando e auferindo ganhos e mantendo privilégios imorais e incompatíveis com a realidade da nação.
Nos bastidores da política feirense o que se ouve entre as pessoas é que o discurso dos políticos são peças que merecem um estudo detalhado. E citam como exemplo discurso recente proferido na tribuna da Câmara Municipal pelo vereador e presidente daquele poder, José Carneiro Rocha (MDB). O qual muitos o definem como um homem de figura tosca e de parcos conhecimentos.
Em sua breve e patética oratória faltou com a verdade, por diversas vezes. Avaliando seu mandato e sua gestão como presidente. Deu Início às suas palavras agradecendo a todos que ajudaram a renovar o mandato dele e é claro, agradeceu a Deus a oportunidade. Correlação esta último, que eu acredito não existir e a qual poderemos citar como uma espécie de blasfêmia.
Na sequência, se auto elogiou ao destacar ter sido eleito por unanimidade, “coisa que não se viu ao longo dos anos em Feira de Santana”. Só não explicou a metodologia empregada para obter tamanho êxito. Esqueceu a máxima em que sentencia que “elogio de boca própria é vitupério”.
Ele também salientou que tudo fez para dignificar e honrar a confiança do povo. O que muitos feirenses discordam. Esqueceu de mencionar os sucessivos escândalos de possíveis improbidades administrativas existentes ao longo de sua indigesta e conturbada gestão.
“Já tivemos momentos de sentir vergonha de ser vereador e todos somos responsáveis pela retomada da credibilidade desta Casa”. Falou como se esse momento fizesse parte de um passado longínquo, quando a bem da verdade, continua presente.
O legislativo feirense continua, agora mais do que nunca, sendo o puxadinho do executivo. Nunca foi e nem será um poder independente, a prova viva é a permanência do atual presidente naquele poder.
*Sérgio Jones, jornalista