© AFP 2018 / Miguel Schincariol

Diversas lideranças do PT repudiaram nesta tarde o atentado sofrido pelo deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), candidato à Presidência da República, nesta quinta-feira, quando fazia campanha em Juíz de Fora, Minas Gerais.

“Acho lamentável. Não podemos incentivar o ódio. Quem fez isso não pode ficar impune. Isso não pode acontecer em um país democrático”, disse a presidenta do PT Gleisi Hoffman

O candidato a vice-presidente, Fernando Haddad, concordou com Hoffman. “Nós, democratas, precisamos garantir um processo eleitoral pacífico. Repudiamos qualquer forma de violência”, afirmou ele.

O deputado federal Valmir Prascidelli (PT-SP) conversou com a Sputnik Brasil e manifestou repúdio.

“Recebi esta notícia com muito repúdio e muita indignação. A política precisa ser exercida na disputa por idéias e posições e naquilo que se pensa mas nunca com o cometimento de atos de violência. Agora, é evidente que nós estamos vivendo um momento de muito confronto e que, às vezes, é estimulado por parte dos candidatos. O próprio candidato que sofreu esse lamentável atentado, há poucos dias na possibilidade de metralhar petistas quando fazia campanha no Pará. Nós, do PT, repudiamos essas declarações como repudiamos com veemência esse ato indigno que ocorreu nesta quinta-feira com o deputado Jair Bolsonaro”.O parlamentar pediu investigação do caso e lembrou de outros crimes que repercutiram de forma negativa em eleições passadas.

“Esperamos que todos os responsáveis por esse atentado sejam punidos na forma da lei mas também esperamos que as autoridades encarregadas da apuração das responsabilidades pelo atentado contra Jair Bolsonaro ajam com muito cuidado pois, no passado, já vimos episódios lamentáveis como o do sequestro do empresário Abílio Diniz em 1989 quando algumas pessoas foram presas e o que se explorou foi o fato de elas estarem usando camisetas de apoio ao (então candidato à Presidência da República) Luíz Inácio Lula da Silva. Aquelas pessoas, como ficou demonstrado na ocasião, não tinham qualquer vinculação com o Partido dos Trabalhadores como, a princípio, foi dado a entender provocando na opinião pública a errônea impressão de que o PT poderia estar envolvido naqueles atos igualmente criminosos e merecedores de todo repúdio. Então, o momento atual é o de manter a prudência necessária, e a polícia conduzir a investigação com o máximo de cautela, de modo a não exacerbar posições contra determinados partidos, alimentando em conseqüência mais ódio e mais conflito nesta campanha presidencial de 2018”, concluiu o deputado.