Por Redação – Foto Brenno Carvalho / Agência O Globo

 

Em uma reunião no Palácio do Planalto nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) alfinetou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), após críticas à PEC da Segurança Pública. Em tom irônico, Lula sugeriu que, se Goiás não tem problemas de segurança, Caiado deveria ter convocado o encontro para orientar os demais governadores sobre como resolver a questão.

“Eu tive oportunidade de conhecer hoje o único estado que não tem problema de segurança, que é o estado de Goiás”, afirmou Lula, dirigindo-se ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, e pedindo que o estado fosse estudado como “referência” para o restante do país. A provocação veio após Caiado, um dos pré-candidatos à presidência em 2026, afirmar ter eliminado a violência em Goiás.

Lula reforçou a crítica ao afirmar que caberia a Caiado, e não ao presidente, a iniciativa de reunir os governadores para discutir segurança pública: “Ao invés de eu chamar uma reunião, era o Caiado que deveria ter chamado uma reunião para orientar como se comporta para acabar com o problema da segurança em cada estado.”

O presidente concluiu com mais uma dose de ironia ao elogiar a comida oferecida na reunião e mencionar presentes de Goiás: “Duvido que em algum momento da história Republicana um presidente serviu tanta comida como eu servi nesta reunião… Eu não sei, Caiado, se chegou para você um pedaço de pamonha.”

O embate entre Lula e Caiado ocorre em meio a discussões sobre a PEC da Segurança Pública, uma medida proposta para enfrentar a crise de violência em várias regiões do país. Enquanto governadores buscam recursos e soluções para problemas estruturais, Caiado destaca Goiás como um exemplo de políticas bem-sucedidas de segurança, embora sua gestão enfrente questionamentos de outros governadores e setores da sociedade.

PEC da Segurança Pública em debate

A PEC, que ainda enfrenta resistência de governadores como Caiado, propõe medidas para ampliar o financiamento e a coordenação entre estados e União na área de segurança. Lula e seu governo defendem que a medida é necessária para combater o crescimento da criminalidade e proporcionar maior segurança à população brasileira.