Por Redação – Foto Ricardo Stuckert/PR

O presidente francês, Emmanuel Macron, disse nesta quarta-feira (27), que Brasil e França são “potências que não querem ser lacaios” de outros países. A manifestação foi no ato de ampliação da cooperação militar entre Brasil e França para atuação no fortalecimento da paz mundial, realizado em Itaguaí, Rio de Janeiro.

“As grandes potências importadoras, como a França e o Brasil, devem ter em consideração que, neste mundo cada vez mais organizado, temos que ser capazes de fazer uso de falar da firmeza e da força. Somos as potências que não querem ser os lacaios de outros. Temos que saber defender com alteração à ordem internacional”, afirmou o presidente francês.

Sem citar o genocídio dos palestinos praticados por Israel e a guerra entre Ucrânia e Rússia, Macron também criticou os conflitos e defendeu que Brasil e França fortaleçam seu poder militar para não serem “lacaios de outros” países.

“Nós rejeitamos o mundo que é prisioneiro da conflituosidade entre duas grandes potências. Queremos defender nossa soberania, e juntos com isso o direito internacional em todo o mundo. Acreditamos na paz porque ela construiu equilíbrios. Isso exige que sejamos fortes”, defendeu Macron.

Lula e Macron estiveram juntos na cerimônia de lançamento ao mar do submarino Tonelero, terceiro dos quatro submarinos convencionais com propulsão diesel-elétrica previstos no Prosub (Programa de Desenvolvimento de Submarinos).

O Prosub faz parte de um acordo de parceria estratégica firmado entre França e Brasil em 2008. Estimado em R$ 40 bilhões em valores atuais, prevê também a construção de um submarino convencional movido a propulsão nuclear, batizado de “Álvaro Alberto”.

Lula defendeu a ampliação da cooperação militar internacional entre os dois países para ajudar o Brasil a “conquistar maior autonomia estratégica diante dos múltiplos desafios que a humanidade se depara nesse século 21”.

“O presidente Macron e eu concordamos em ampliar esse esforço com a comissão do Comitê Bilateral em armamentos, para promover maior equilíbrio em nossas negociações de produtos de defesa”, disse Lula.

“É uma parceria que vai permitir que dois países importantes, cada um em um continente, se preparem para que as pessoas consigam conviver com essa diversidade sem nos preocuparmos sem qualquer tipo de guerra porque somos defensores da paz.”

Fonte Folha de São Paulo