Por Redação e Victor Razoni – Foto Eduardo Tito

Nesta terça-feira, 14, a vereadora Marta Rodrigues (PT) afirmou ter proferido um voto crítico em apoio ao Projeto de Lei referente ao subsídio do transporte. A edil justificou sua decisão, destacando que, diante do colapso do sistema, a não aprovação da proposta acarretaria em ainda mais transtornos para a população, que já enfrenta o aumento da tarifa de R$ 4,90 para R$ 5,20.

“Esse voto crítico nosso vem em relação que nós não queremos a cidade pior do que já está. Então é dentro desta perspectiva o nosso voto. Mas aí o prefeito acaba dando concessão para as empresas, cada momento que ele encaminha para a Câmara um projeto como foi o anterior que nós discutimos aqui, apresentamos emenda, nenhuma das emendas foram aprovadas”, disse a vereadora.

Na visão de Marta, a não aprovação do Projeto de Lei representaria a interrupção do serviço de transporte, considerando o modelo implementado pelas administrações de Bruno Reis e seu antecessor. De acordo com a vereadora do PT, a oposição apresentou treze emendas ao projeto, mas nenhuma delas foi aprovada, evidenciando, mais uma vez, um claro desrespeito tanto com a população quanto com o trabalho dos vereadores.

“Apresentamos emendas para aprimorar o projeto e diminuir o tamanho do absurdo que foi esse PL. Entre janeiro de 2023 a dezembro de2024, o que houver de prejuízo das empresas até o limite de R$ 205 milhões, a prefeitura vai pagar diretamente às empresas de ônibus, sendo até R$ 190 milhões para as empresas de ônibus convencional e R$ 15 milhões para o sistema complementar (STEC). Ou seja, anistiando os empresários mais uma vez”, declarou.

“A gente está vendo uma frota cada vez precarizada. Então nós vamos estar aqui, até o que nós pedimos as planilhas e também a avaliação desse subsídio, nós não recebemos. Eu cobrei do presidente, ele se comprometeu de que vai fazer um ofício para cobrar o secretário Fabrizzio Müller. Então é sobre isso que nós queremos discutir, nós não estamos aqui trazendo opinião em relação ao subsídio. Mas quando vai todas essas capitais que o presidente apresentou na sua grande maioria tem contra-partida pra sociedade. Mas em Salvador não tem. É a passagem mais cara do norte-nordeste e não tem contrapartida”, criticou a vereadora Marta Rodrigues.