Por Olhar Digital Foto Reprodução

Não é de agora que os rumores sobre uma possível demissão em massa na Meta estaria para acontecer e nesta quarta-feira (9) a empresa anunciou que demitirá mais de 11 mil funcionários, o que representa cerca de 13% da sua equipe de trabalhadores, já que a Meta possuía 87.314 funcionários no final de setembro.

Essa é a primeira demissão em massa da Meta e um dos maiores cortes de funcionários deste ano. Isso porque a empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp está lutando para controlar os custos crescentes e um mercado de publicidade fraco.

Recentemente, diversas empresas fizeram movimentos de demissões em massa, inclusive algumas de tecnologia, como a Microsoft, a Tesla e o Twitter, porém, essa é a primeira em 18 anos de história da Meta.

Toda situação causada pela pandemia da Covid-19 resultou em um grande fracasso nas empresas de tecnologia e fizeram suas avaliações caírem, principalmente devido à inflação alta e as taxas de juros em rápido aumento.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, relatou aos seus funcionários: “No início da Covid, o mundo mudou rapidamente para o online e o aumento do comércio eletrônico levou a um crescimento desproporcional da receita”.

“Não só o comércio online voltou às tendências anteriores, mas a desaceleração macroeconômica, o aumento da concorrência e a perda de sinal de anúncios fizeram com que nossa receita fosse muito menor do que eu esperava”, completou.

“Muitas pessoas previram que isso seria uma aceleração permanente que continuaria mesmo após o fim da pandemia. Eu também, então tomei a decisão de aumentar significativamente nossos investimentos. Infelizmente, isso não aconteceu do jeito que eu esperava. Eu entendi errado e assumo a responsabilidade por isso”, afirmou Zuckerberg.

Mark Zuckerberg vem insinuando cortes há algum tempo. Durante a mais recente chamada de resultados da empresa, o CEO disse que a Meta pode se tornar “uma organização um pouco menor” até o final de 2023. A empresa também já interrompeu novas contratações e cortou alguns projetos dentro do Reality Labs.

Este ano, a Meta acabou vendo suas ações caindo em mais de dois terços de seu valor e, com isso, também planeja cortar gastos discricionários e pausar novas contratações até o primeiro trimestre. Porém, a empresa não divulgou a economia de custos esperada com as mudanças.

De acordo com a Meta, a empresa pagará 16 semanas de salário base e mais duas semanas adicionais para cada ano de serviço, bem como todo o tempo restante pago, como parte do pacote de indenização.

Os trabalhadores que forem dispensados também serão ressarcidos e suas ações devem ser indenizadas em 15 de novembro, além de receberem cobertura médica por seis meses.

O CEO da Meta terminou sua nota aos funcionários com uma mensagem aparentemente destinada a observadores externos, incluindo aqueles céticos em relação ao impulso da empresa para o metaverso. “Acredito que estamos profundamente subestimados como empresa hoje”, escreveu Zuckerberg.

“Bilhões de pessoas usam nossos serviços para se conectar e nossas comunidades continuam crescendo. Nosso core business está entre os mais rentáveis ​​já construídos com enorme potencial pela frente. E estamos liderando o desenvolvimento da tecnologia para definir o futuro da conexão social e a próxima plataforma de computação”, finalizou.