Por Redação – Foto Reprodução
O coronel do Exército Brasileiro Bernardo, Romão Corrêa Neto, alvo da megaoperação “Tempus Veritatis”, foi preso pela Polícia Federal na madrugada deste domingo (11/2), ao chegar dos Estados Unidos. O militar já tinha se entregado as autoridades nos EUA, mas havia um mandado de prisão preventiva em aberto contra ele.
Ao chegar ao Brasil, Neto foi detido pela PF, que o entregou à polícia do Exército.
O coronel está preso no Batalhão da Guarda Presidencial e já passou por audiência de custódia. Romão Corrêa Neto é apontado como um dos integrantes do núcleo que tentou dar um suposto golpe de Estado no país e anular o resultado das eleições de 2022.
A prisão foi mantida após audiência de custódia com um juiz. O ministro do STF, Alexandre de Moraes, ainda precisa deliberar sobre a manutenção. O militar cumpriria missão do Exército nos Estados Unidos, até junho de 2025. No entanto, ele voltou após o mandado de prisão ser decretado.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável à prisão e ao retorno do militar ao Brasil, baseando-se em evidências da participação dele em atividades relacionadas a uma suposta tentativa de golpe de Estado, na época em que era assistente do Comandante Militar do Sul.
Interceptações telefônicas no aparelho do ex-ajudante de ordem de Jair Bolsonaro (PL), Mauro César Cid, revelaram que Bernardo intermediou uma reunião para escolher oficiais com habilidades militares específicas. Em novembro de 2022, redigiu uma carta de pressão destinada ao então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, atuando também como um homem de confiança em tarefas fora do Palácio da Alvorada.
Valdemar Costa Neto, Rafael Martins de Oliveira, Filipe Garcia Martins Pereira e Marcelo Costa Câmara também foram detidos, também são investigados por participação no suposto plano de golpe de Estado para reverter o resultado das eleições de 2022.
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi liberado na noite do sábado (10/2) pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. A liberdade provisória foi concedida após parecer da PGR, que levou em consideração a idade de Valdemar, de 74 anos. Os demais seguem presos, com o flagrante convertido em preventiva.