Por Redação – Foto Reprodução

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta quinta-feira (14/11), que “não existe possibilidade de pacificação com anistia a criminosos“, referindo-se ao atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

O ministro declarou, durante a abertura do VII Encontro Nacional do Ministério Público no Tribunal do Júri, em Brasília, que o “o que ocorreu (as explosões na frente do STF) não é um fato isolado, pois faz parte de um contexto que se mistura lá atrás com o gabinete do ódio”.

“Isso é crime, isso não é liberdade de expressão. Isso em nenhum lugar do mundo é liberdade de expressão, é crime. O Ministério Público já ofereceu mais de 600 mil denúncias. É necessário que as autoridades se unam na defesa constante da democracia e na responsabilização total de todos que atentam contra a democracia”, declarou o ministro.

Ao jornal Metrópoles, delegados da cúpula Polícia Federal informaram que Moraes será o relator do processo que investigará as circunstâncias dos explosivos detonados ao redor do STF e da Câmara dos Deputados. Na avaliação desses integrantes da PF, o caso tem relação direta com o chamado “inquérito dos Atos Antidemocráticos”.

Moraes ainda ressaltou que este é o maior atentado da história do STF desde o 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), que não aceitaram o resultado da eleição de 2022.

“As pessoas foram instigadas por muitos com altos cargos na República, instigadas a agredir e atacar a tal ponto que hoje utilizam bombas. Seria impossível ignorar o que aconteceu ontem, pois, tirando o 8/1, esse foi o atentado mais grave contra o STF”, reforçou o ministro do STF.

Moraes ainda afirmou que o “STF já condenou mais de 1.200 pessoas por crimes graves, como abolição do estado de direito, mais de 200 pessoas foram condenadas, mais de 100 já foram condenadas pelos crimes mais leves, por atentar contra a democracia na frente dos quartéis”.