Foto: Agência Senado

Jornal GGN – O juiz Sergio Moro receberá um diploma honorário da Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos, por ter liderado um “movimento anticorrupção no Brasil”, por ter julgado o caso Banestado e por ter condenado o ex-presidente Lula no caso triplex. É o que diz um comunicado da instituição, segundo informações do Conjur da terça (31).
O informe da universidade diz que Moro “desempenhou papel fundamental no caso Banestado, que levou à acusação de 97 pessoas por corrupção”, além de ter citado a operação “farol da colina”, “na qual o juiz apelou para a prisão preventiva de 103 suspeitos por lavagem de dinheiro, evasão de impostos e outros crimes”.
As duas operações, contudo, motivaram um discurso do senador Roberto Requião, ainda em 2015, mas por outro motivo. Na visão do peemedebista, as duas investigações deram poucos frutos no combate à corrupção, e prova disso é que Alberto Youssef teve liberdade o suficiente para estrelar na Lava Jato.
No vídeo acima, Requião afirma que tanto o Banestado quanto a operação “farol da colina”, que tiveram a participação de Moro, acumularam dezenas de condenações e prisões, mas “sem efeito prático, pois tais crimes continuaram a ser praticados, como se viu nos escândalos posteriores.”
“Os processos foram, em sua maioria, presididos pelo juiz Sergio Moro. No entando, ou geraram absolvição por falta de provas ou prescreveram por inércia do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.”
No Banestado, “Youssef foi indiciado cinco vezes e condenado em uma vez”, mas fez acordo, foi solto, e voltou a praticar crimes, caindo na Lava Jato, lembrou o senador.
Ainda de acordo com o Conjur, Moro será orador da 173ª turma de formatura da instituição, no dia 20 de maio de 2018. “O posto já foi de personalidades internacionais como os ex-presidentes dos EUA Barack Obama, George W. Bush, George H. Bush e Ronald Reagan.”
A instituição também fez questão de lembrar que Moro participou, em 2007, “do Programa de Liderança para Visitantes Internacionais do Departamento de Estado dos EUA, no qual visitou agências e instituições americanas responsáveis pela prevenção e combate à lavagem de dinheiro.”