Por Redação – Foto Reprodução/YouTube
O ex-ditador do Peru, Alberto Fujimori, faleceu aos 86 anos, na quarta-feira (11), em sua residência em Lima, capital do país, onde se recuperava de um tratamento contra o câncer de língua.
O anúncio foi feito pelos filhos Keiko, Hiro, Sachie e Kenji Fujimori, no X (antigo Twitter). “Após uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos a quem o apreciou que nos acompanhe com uma oração pelo eterno descanso de sua alma”, escreveram.
Fujimori foi presidente do Peru por 11 anos, entre 1990 e 2000. Ele foi eleito em uma disputa com o escritor Mario Vargas Llosa. Após dois anos de mandato, o presidente aplicou um autogolpe.
No dia 5 de abril, de acordo com o Brasil de Fato, colocou o Exército na rua, fechou o Congresso e a Suprema Corte, passando a governar por decretos. Nesse período, 200 mil mulheres foram esterilizadas à força, numa política de controle de natalidade aplicada pelo governo.
Em 2000, renunciou à presidência por meio de um fax e passou a viver no Japão, graças à sua dupla cidadania. Ele foi preso em 2005, durante uma visita ao Chile, e extraditado para o Peru em 2007.
Em 2009, o ex-ditador foi condenado a 25 anos de prisão pelos massacres de Barrios Altos, quando 15 pessoas foram assassinadas, e La Cantuta, caso em que oito estudantes e um professor da Universidade Nacional Enrique Guzmán e Valle foram mortos e enterrados em vala comum. Além disso, ele também foi condenado por um escândalo de corrupção envolvendo espionagem, suborno e compras ilegais.
O ex-ditador peruano ficou detido por 16 anos por violações aos direitos humanos cometidas em seu governo. Ele havia sido libertado em dezembro de 2023 por meio de um indulto humanitário.