La Paz, 25 de junho (Prensa Latina) O Movimento Wiphala, uma organização internacional solidária com a Bolívia, publicou hoje uma carta pedindo aos líderes mundiais que condenassem o golpe de Estado que forçou a demissão do presidente Evo Morales.
No documento eles pedem aos diretores da Organização das Nações Unidas e aos chefes de Estado e de governo da União Europeia e de outros países soberanos que condenem as ações que romperam o fio da Constituição no país sul-americano, após as eleições de 2019.    Morales foi então declarado vencedor, mas um relatório parcial da Organização dos Estados Americanos (OEA) questionou o processo eleitoral e o chamou de fraudulento, um pretexto usado por grupos de oposição para alterar violentamente a ordem e forçar o Presidente a renunciar.

O texto, assinado pelas afiliadas do Movimento Wiphala na Alemanha, Brasil, Chile, Espanha, Holanda, Itália, as cidades bolivianas de La Paz e Santa Cruz, e Califórnia, EUA, também condena a repressão desencadeada pelo exército e pela polícia.

Os signatários lembram que os chamados massacres de Senkata e Sacaba, onde dezenas de manifestantes pacíficos perderam a vida e centenas foram feridos, foram o resultado do uso impróprio da força pelos oficiais uniformizados.

Finalmente, pedem aos líderes mundiais que validem os resultados das eleições de outubro de 2019 na Bolívia e que reconheçam Morales como o presidente legal e democraticamente eleito da maioria dos cidadãos do país andino-amazônico.

A petição é apoiada por diferentes estudos de especialistas que demolem os argumentos de fraude utilizados pela OEA e empregados pela oposição para justificar o golpe de Estado.